Julgamento do mensalão entra no segundo dia com acusação contra os réus

Do Portal HD*
03/08/2012 às 09:02.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:06

(José Cruz/ABr)

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fará a acusação aos réus durante o segundo dia de julgamento do mensalão, nesta sexta-feira (3). Os trabalhos devem ser recomeçados às 14 horas, quando ele explicará porque cada réu deve ser condenado, segundo a convicção formada pelo Ministério Público durante o processo.

A ação, programada para a quinta (2) precisou ser adiada devido aos debates na primeira sessão sobre a competência da do Supremo Tribunal Federal (STF) para conduzir o julgamento contra todos os réus.

A acusação vai expor provas e indícios dos casos e deve pedir a condenação de 36 dos 38 acusados no processo. Eles são suspeitos de participar das fraudes durante o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos anos de 2003 e 2004.

O ex-ministro Luiz Gushiken e Antônio Lamas devem ficar de fora da lista por falta de provas. Em 2011, o procurador não os incluiu nas alegações finais enviadas para o STF. No começo do processo, em 2007, 40 pessoas contavam nas investigações, mas uma delas morreu, José Janene, e outra, Sílvio Pereira, acabou fechando um acordo com o Ministério Público.

Início dos trabalhos

O primeiro dia de julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) terminou no início da noite de quinta-feira (2) com a leitura de um histórico sobre o caso, baseado no relatório do ministro Joaquim Barbosa. Ele lembrou as acusações que pesam sobre cada réu e como o STF se posicionou em 2007, quando decidiu abrir a ação penal.

Barbosa fez uma apresentação resumida do relatório de 122 páginas elaborado por ele no final do ano passado, cujo teor foi aprovado hoje pelo revisor Ricardo Lewandowski. A íntegra do relatório pode ser conferida no site do STF.

Antes da fala de Barbosa, o advogado Alberto Toron, que representa o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), pediu que o STF reconsiderasse a decisão sobre o uso de apresentações multimídia pelos advogados. A questão foi analisada ontem (1º) pelos ministros, que, por 5 votos a 4, entenderam que a inovação seria muito ousada para um caso de tamanha complexidade.

A análise da questão de ordem sobre o desmembramento do processo, sugerida pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, acabou atrasando em um dia o julgamento já que, pelo cronograma elaborado pelo presidente do STF, estava prevista para amanhã (3) a manifestação dos primeiros cinco advogados de defesa, começando pelo representante de José Dirceu. Essa etapa agora ficou para segunda-feira (6).

*Com Agência Brasil

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