Justiça abre ação criminal contra 11 acusados do caso Alstom

Mario Cesar Carvalho e Flávio Ferreira - Folhapress
Publicado em 18/02/2014 às 14:06.Atualizado em 20/11/2021 às 16:06.
SÃO PAULO - A Justiça Federal em São Paulo decidiu nesta terça-feira (18) abrir um processo criminal contra 11 acusados de participação em esquema de pagamento de propina pela empresa Alstom a políticos e funcionários públicos de estatais estaduais do setor de energia. A investigação começou há cinco anos. 
 
O Ministério Público federal havia denunciado 12 pessoas pelo envolvimento nos subornos, mas o juiz federal Marcelo Cavali considerou que o crime de um deles está prescrito. 
 
Eles são acusados de atuar num esquema segundo o qual a Alstom pagou R$ 23,3 milhões, em valores atualizados, para fornecer, sem licitação, equipamentos para três subestações elétricas da Eletropaulo e EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia), segundo o juiz. 
 
O suborno foi pago para a Alstom conquistar um contrato de R$ 181,3 milhões, também em valores correntes, de acordo com a acusação dos procuradores Rodrigo de Grandis e Andrey Borges de Mendonça. 
 
O juiz diz que Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado que está sob investigação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), beneficiou a Alstom num julgamento de 2001. 
 
Os réus são: Jonio Foigel, Thierry Charles Lopes, Daniel Huet, Jean-Pierre Courtadon, Claudio Mendes, Jorge Fagali Neto, Romeu Pinto Jr., Sabino Indelicato e José Geraldo Villas Boas, Celso Sebastião Cerchiari e José Sidnei Colombo Martini. Todos refutam as acusações e dizem ser inocentes. 
 
 
Os crimes contra os acusados são: 
 
1) Jonio Foigel - corrupção ativa e lavagem de dinheiro 
 
2) Thierry Charles Lopes - corrupção ativa e lavagem de dinheiro
 
3) Daniel Huet - lavagem de dinheiro 
 
4) Jean-Pierre Courtadon - corrupção ativa e lavagem de dinheiro 
 
5) Claudio Mendes - corrupção ativa e lavagem de dinheiro 
 
6) Jorge Fagali Neto - lavagem de dinheiro 
 
7) Romeu Pinto Jr. - lavagem de dinheiro 
 
8) Sabino Indelicato - corrupção ativa e lavagem de dinheiro 
 
9) José Geraldo Villas Boas - corrupção ativa e lavagem de dinheiro 
 
10) Celso Sebastião Cerchiari - corrupção passiva 
 
11) José Sidnei Colombo Martini - corrupção passiva 
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