Justiça de Minas cancela leilão da Arena do Jacaré, em Sete Lagoas

Ana Flávia Gussen - Hoje em Dia
Publicado em 21/03/2013 às 07:23.Atualizado em 21/11/2021 às 02:06.

O estádio Joaquim Henrique Nogueira, localizado em Sete Lagoas, Região Metropolitana de Belo Horizonte, não vai mais a leilão, segundo decisão proferida, na quarta-feira (20), pelo Tribunal de Justiça de Minas (TJMG). Popularmente conhecido como Arena do Jacaré, o imóvel seria penhorado para quitar uma dívida de R$53 mil entre o Democrata Futebol Clube e uma empresa da cidade.

Depois de publicada a sentença em primeira instância favorável à penhora da Arena do Jacaré, o governo de Minas entrou com apelação que acabou deferida pelo tribunal. O Executivo alega que a transação seria irregular uma vez que detém contratualmente os direitos do estádio por dez anos. Sendo assim, desde 2009 o estádio tornou-se um bem público, já que o governo de Minas investiu R$ 16 milhões na reforma do imóvel, que entre 2010 e 2012 foi o palco dos principais jogos realizados em Minas. Nesse período, o Independência e o Mineirão estavam fechados para obras da Copa de 2014.


Dívida milionária

Segundo o diretor administrativo do Democrata, Renato Paiva, as dívidas do clube estão acumuladas em R$ 4 milhões.

Apesar disso, o clube respirou aliviado com a decisão do Tribunal de Justiça, por temer que o estádio fosse leiloado por um preço muito abaixo dos R$ 32 milhões em que está avaliado.

“Na verdade, não vamos tomar nenhuma atitude quanto à essa decisão. Achamos que foi o melhor que aconteceu para o Democrata. Imagina se o estádio é leiloado por muito menos do que R$ 32 milhões? Isso sem contar que o governo pode querer restituição do que ele investiu. O que vai sobrar para o time? Se for assim, preferimos manter nosso patrimônio”, declarou o dirigente.

Ele explicou que, nesse caso, a dívida é referente a uma empresa de ferragem que prestou serviços na reforma do estádio.

Além da dívida milionária, o clube responde a pelo menos 70 ações, entre trabalhistas e cíveis.

De acordo com Paiva, essa é a segunda vez que o imóvel correu o risco de ser leiloado. Da primeira vez, a penhora foi referente a uma ação que corria na Justiça do Trabalho. O processo foi cancelado pela ausência de interessados em participação do leilão.

Segundo o dirigente, o clube tem buscado negociar com os credores a fim de quitar as dívidas que, de acordo com ele, seriam todas anteriores a 2008.

“Desde 2008 não estamos fazendo dívidas. Mas as que estão aí estão crescendo, por isso estamos tentando negociar com eles. Teve uma conta de R$ 2mil que virou de R$ 20 mil, mas procuramos a empresa e fechamos um acordo em R$ 500. E assim vamos lutar até subirmos para a primeira divisão”, disse.

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