(Montagem)
A campanha do candidato ao governo de Minas Gerais Alexandre Kalil (PSD) acionou a Justiça Eleitoral com um pedido de resposta a uma propaganda eleitoral de Romeu Zema (Novo), veiculada nessa quarta-feira (31), no bloco das 13h, na TV.
O vídeo mostrou imagens do Hospital Metropolitano Célio de Castro, na Região do Barreiro, como um feito de Zema. Na propaganda, enquanto as imagens do Hospital do Barreiro aparecem na tela, aparece a legenda “maior investimento em saúde e educação”.
Porém a unidade foi inaugurada pela Prefeitura de Belo Horizonte em 2017, durante a gestão do primeiro mandato de Kalil, época em que Romeu Zema ainda não era governador.
“Salta aos olhos a má-fé e o intuito usurpador da propaganda veiculada, causando repulsa a tentativa de usurpar obras e benfeitorias realizadas pelos adversários no afã de obter votos”, diz a representação entregue à Justiça pela Coligação Juntos pelo Povo de Minas Gerais.
As obras do Hospital do Barreiro foram custeadas com recursos de Belo Horizonte e da União. A ação afirma que “não há dúvida de que a intenção da propaganda é construir a falsa imagem” de que Romeu Zema teria bancado as obras da unidade, “interferindo no processo eleitoral mediante a propagação de notícias falsas”.
Desde o início da campanha, Kalil faz questão de ressaltar que "abriu" a unidade enquanto estava à frente da Prefeitura de BH.
“Zema, colocar o hospital que eu abri no seu programa eleitoral? A enganação tem limites, né!! Rsrsrs”, publicou Kalil, nessa quarta.
Na mesma representação judicial, consta outro ponto da propaganda do governador. A afirmação “Zema tirou Minas do vermelho” é mentirosa, segundo a ação.
“A dívida de longo prazo cresceu R$ 33 bilhões no período (2019-2021); a dívida de curto prazo (dívida flutuante) ou “cheque especial” cresceu 28% de 2019 a 2021, estando o Estado com dívidas vencidas publicadas em balanço em R$ 41 bilhões”, diz.
Outro processo
A campanha de Alexandre Kalil também acionou a Justiça Eleitoral, na terça-feira (30), questionando o uso de cinco servidores públicos durante a agenda de campanha do candidato à reeleição, em Viçosa, na Zona da Mata mineira.
De acordo com ação, Zema teria utilizado os servidores “em prol de sua campanha à reeleição e ainda gerou despesas ao erário: além dos gastos com o pagamento de diárias, foram custeados gastos com veículos oficiais e transporte aéreo dos servidores indevidamente destacados para acompanhar”.
A representação alega ainda que o material deixa claro que se tratava de um compromisso de campanha eleitoral. De acordo com a coligação, havia adesivo na roupa do governador, que cumprimentou eleitores e distribuiu material de propaganda.
A reportagem entrou em contato com a campanha do candidato Romeu Zema e ainda aguarda retorno.
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