Kátia Abreu: em todos os partidos temos bandidos, canalhas e corruptos

Estadão Conteúdo
Publicado em 09/08/2016 às 18:45.Atualizado em 15/11/2021 às 20:16.

Em seu discurso em defesa da presidente afastada Dilma Rousseff na sessão de votação da pronúncia do processo de impeachment, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) argumentou que não é possível jogar culpa somente sobre o PT. "Em todos os partidos, temos parlamentares da maior qualidade e em todos partidos temos bandidos, canalhas e corruptos", disse na tarde desta terça-feira (9). "Corrupção não é prerrogativa de um partido só."

Ela lembrou que Dilma chegou a ser criticada pelos próprios colegas de partido por não aceitar substituir seu então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que não estaria disposto a tentar barrar a Operação "Lava Jato".

Sobre o tema específico do processo de impeachment de Dilma, Kátia afirmou que não houve crime por parte da petista. Ela citou decisão do Ministério Publico Federal, que considerou que não há crime nas chamadas pedaladas do Plano Safra. "Assunto Plano Safra está vencido, porque o Ministério Público Federal arquivou o processo", afirmou.

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A ex-ministra de Dilma disse ainda que parlamentares adotaram no ano passado a estratégia de desmoralizar Dilma. Para ela, o impeachment foi permeado por casos de ameaça e vingança contra o governo do PT.

Já a senadora Ana Amélia (PP-RS), ao afirmar que Dilma cometeu crime, apresentou voto favorável à continuidade do processo. "Houve gestão claramente temerária", disse. Ana Amélia ressaltou que não vota por qualquer interesse pessoal ou partidário. "Se o atual presidente for submetido à denúncia, terá também que responder por seus atos", afirmou.

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) anunciou que também votará pelo prosseguimento do impeachment. A peemedebista argumentou que Dilma praticou "maquiagem fiscal" e cometeu atos ilegais.

Simone Tebet destacou que todos os procedimentos legais e regimentais do processo foram observados. Ela citou que todos os prazos foram respeitados e que, das 44 testemunhas ouvidas, 38 eram de defesa.


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