Lorene Figueiredo (Psol) criticou a forma como o governador Romeu Zema (Novo) conduziu a negociação da dívida do Estado com a União. A candidata ao governo de Minas citou os prejuízos causados pela Lei Kandir, que isentou a cobrança de ICMS sobre produtos da pauta de exportação.
“Nós temos mais de R$ 135 bilhões de crédito de compensação da Lei Kandir e nosso governador abriu mão de receber, devendo R$ 152 bilhões à União. Nem para fazer uma compensação de crédito e livrar Minas de dívidas esse senhor prestou”, afirmou Lorene, nesta quarta-feira (10).
Uma comissão criada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) estimou que as perdas acumuladas na vigência da Lei Kandir, em 1996, chegaram a R$135 bilhões. Porém, em 2020, um acordo do Estado com a União, com participação dos deputados estaduais, prevê a destinação, até 2037, de cerca de R$ 8,7 bilhões a Minas.
Para a candidata Lorene Figueiredo, uma renegociação da dívida do Estado com a União seria uma alternativa para obter recursos necessários para investimentos.
Segundo o candidata do Psol, um dos projetos de governo é fazer uma recuperação das estradas mineiras, gerando empregos e trazendo benefícios à sociedade. Segundo ela, o custo das melhorias é de R$ 11 bilhões. “Uma bagatela para os cofres do governo, que está gastando R$ 6 bilhões só com o Rodoanel”.
A candidata é a quinta entrevistada do Hoje em Dia em parceria com a TV Promove.
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