Após 10 anos

Lula desce rampa do Planalto e defende prédios públicos sem grades

Agência Brasil
redacao@hojeemdia.com.br
10/05/2023 às 19:28.
Atualizado em 10/05/2023 às 19:52
 (Ricardo Stuckert / Agência Brasil / Divulgação)

(Ricardo Stuckert / Agência Brasil / Divulgação)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi conferir de perto a entrada do Palácio do Planalto sem grades móveis de proteção, após quase dez anos. De surpresa, desceu a rampa da sede do governo, na tarde desta quarta-feira (10).

"O que eu acho é que o Brasil não precisa estar cercado de grades. Deixa livre para a democracia, ela não precisa de muros", disse Lula a jornalistas.

Os equipamentos de proteção estavam no local desde 2013, quando milhares de brasileiros foram às ruas em protestos em várias cidades do país, nas chamadas Jornadas de Junho.

Os gradis permaneceram ao longo dos anos seguintes, abrangendo o período de protestos durante o processo de impeachment da então presidenta Dilma Rousseff, os mais de dois anos de governo de Michel Temer e os quatro anos da gestão Jair Bolsonaro, além do episódio de tentativa de golpe de Estado organizado por militantes de extrema-direita, em 8 de janeiro deste ano.

Lula também determinou a retirada dos blocos de concreto posicionados na via que dá acesso às residências oficiais do presidente e vice-presidente, respectivamente o Palácio da Alvorada e o Palácio do Jaburu, que ficam numa área um pouco mais isolada, mas próxima da Praça dos Três Poderes.

"Eu vou tirar aquela muralha na frente do Palácio", disse Lula, lembrando que, ao longo dos seus oito anos de mandato, nunca sofreu protestos em frente à residência oficial. "Se eu quiser cercar o povo e não permitir que ele faça protesto, não tem sentido a democracia", argumentou.

De acordo com o ministro Paulo Pimenta, a retirada é simbólica e ocorreu a pedido do presidente. Segundo ele, no entanto, em ocasiões específicas, como solenidades e desfiles, as grades móveis poderão ser recolocadas temporariamente.

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