O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (2) acreditar que o PT nunca esteve tão perto de conquistar o governo paulista quanto está para as eleições de 2014. "Estou convencido de que nunca esteve tão próximo do PT ganhar o governo do Estado de São Paulo como agora. Desde a existência do PT esse é o melhor momento que nós temos para ganhar as eleições", afirmou Lula a jornalistas, após tomar vacina contra a gripe em São Bernardo do Campo, acompanhado de sua esposa, Marisa Letícia.
Apesar de demonstrar confiança, o ex-presidente preferiu não antecipar qual nome deve concorrer pelo partido ao governo e disse que o debate sobre a definição da candidatura do PT "ainda vai demorar um pouco". "Seria precipitado citar qualquer nome." Além dos ministros da Justiça e da Saúde, José Eduardo Cardozo e Alexandre Padilha, também é um dos cotados para concorrer o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.
Segundo o ex-presidente, o momento é propício para a eleição de um petista no Estado, pela "fadiga de material". "Os tucanos não têm mais o que apresentar, não têm mais novidade. Se a gente souber escolher o candidato correto, trabalhar corretamente os anseios da população de São Paulo, nós temos uma chance extraordinária de eleger", reiterou Lula, que falou ainda que o PT está cada vez mais forte.
O ex-presidente falou da necessidade de formar uma "bela aliança política" para que o PT não saia sozinho. Indagado se o partido estenderia a aliança com o PMDB para a esfera estadual, Lula confirmou: "Haverá (articulação para o PMDB se unir ao PT no Estado). O PMDB é um partido extremamente importante nessa aliança". O PMDB, por sua vez, já tem potencial candidato para a disputa de 2014: o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Sobre o assunto, Lula afirmou que "nessa altura do campeonato, todo mundo tem candidato e ninguém tem candidato".
O ex-presidente afirmou ainda que o PT deve contar com o apoio do PSD, de Gilberto Kassab, na aliança para o governo paulista, e que o partido ainda tem de conversar com o PTB e com o PRB, de Celso Russomanno. "O quadro pode ser montado de forma a ser favorável ao PT."
Lula respondeu, por fim, que não vê crise entre os poderes Legislativo e Judiciário, fruto dos embates recentes entre Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF). "Eu sinceramente fico vendo as notícias. Não sei onde está a crise. Se o Congresso cumprir sua função e o STF cumprir sua função, nós ficaremos em paz. O importante é cada macaco no seu galho."
http://www.estadao.com.br