Um pequeno grupo de manifestantes interdita há mais de 13 horas uma faixa da avenida Raja Gabaglia, na altura do bairro Gutierrez, região Oeste de BH. O protesto, com pedidos de cunho antidemocrático, como intervenção militar, contesta o resultado das eleições e acontece em frente à sede do Comando da 4ª Região Militar do Exército.

Na manhã desta terça-feira (1°), cerca de 30 pessoas ainda permaneciam no local. Os manifestantes afirmam que estão em "resistência civil" em apoio ao governo Bolsonaro.

Dentre as reivindicações, o grupo pede intervenção militar e afirma que não irá aceitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato eleito com 50,90% dos votos válidos, em uma das eleições mais acirradas da história - com diferença de apenas 1,80 ponto percentual.

O servidor público federal Marcos Lima, de 49 anos, é um dos integrantes do movimento e alega que as eleições não foram "justas".

"Estou na manifestação solicitando que as forças armadas intervenham. A forma que a Justiça eleitoral tratou o Bolsonaro não foi justa. Como pai de família eu acho injusto o que está acontecendo e estou lutando aqui pela liberdade", afirmou. 

Já a professora aposentada e empresária Dulce Maria, de 75 anos, diz que não concorda com os resultados das urnas. "Nós queremos mais clareza, mais definições e que as forças armadas analisem e concluam o que esses efeitos estão fazendo os brasileiros não concordarem. O Brasil é muito rico para ficar em mãos de pessoas que não concordamos", disse. 

De acordo com a BHTrans, por volta das 8h, uma faixa da esquerda fechada da via estava interditada no sentido centro-bairro. O trânsito no local flui com lentidão.  

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