Marcio Lacerda e Patrus Ananias evitam confronto em primeiro debate na TV

Ezequiel Fagundes - Do Hoje em Dia
03/08/2012 às 08:15.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:06
 (Renato Cobucci)

(Renato Cobucci)

Os principais candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte evitaram nesta quinta-feira (2) confrontos no primeiro debate na televisão. Mesmo com a ampla repercussão do início do julgamento do mensalão do PT pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o tema foi evitado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição, e pelo candidato Patrus Ananias (PT), que tenta voltar a prefeitura depois de ter administrado a capital entre 1993 e 1996.

Os candidatos nanicos Maria da Consolação, do PSOL, e Alfredo Flister, do PHS, também participaram do debate. Foi só no segundo bloco, quando os candidatos puderam fazer perguntas entre si, com direito a réplicas e tréplicas, que o clima de disputa eleitoral ficou notório.
 
Protagonistas do embate polarizado, Patrus e Lacerda disputaram qual gestor, em caso de vitória em outubro, conseguirá atrair mais investimentos para capital. Os dois tentaram colar suas gestões ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Segundo Patrus, vai conseguir o maior número de verbas o prefeito que assumir o papel de líder e interlocutor de BH. “O governo federal não discrimina, mas o governo municipal tem que ter uma ação enérgica para ampliar as parcerias”, alfinetou o petista.

Lacerda respondeu dizendo que a capital está recebendo o maior volume de obras da sua história. “Nunca se fez tanta obra em um só governo. Graças a muito trabalho político em Brasília e muita movimentação interna para agilizar bons projetos”, retrucou.

O julgamento do processo conhecido como mensalão do PT não foi abordado entre eles na televisão. Em entrevista, na porta do local onde foi realizado o debate, Patrus e Lacerda falaram rapidamente sobre o assunto.

“Não assiste porque todas as minhas energias estão voltadas agora para Belo Horizonte. Sou candidato a prefeito”, resumiu o petista.

O prefeito foi na mesma linha. Disse não ter assistido, mas depois disparou: “É um assunto que não tem a ver com o cidadão de Belo Horizonte. A população quer saber se as ruas estão sendo varridas, se tem vaga nas escolas, se o posto de saúde tem médico”.

Sem citar nomes, Maria da Consolação criticou a classe política brasileira que, segundo ela, só pensa em dinheiro. “Hoje, o que acontece no Brasil é a negociata”, atacou.

Alfredo Flister defendeu a punição dos 38 réus do mensalão petista pelo STF. “Nós estamos vivendo um momento muito importante. O maior escândalo de corrupção da era democrática está sendo julgado”, realçou. O primeiro debate na televisão foi marcado por problemas técnicos. Lacerda foi o mais prejudicado com a ausência de áudio do microfone que o prefeito utilizou.


 

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