CORRIDA ELEITORAL

Mesmo com maior rejeição, Bruno Engler lidera pesquisa em BH feita nas redes sociais

Levantamento do Instituto Ipimob com 1.600 eleitores, via WhatsApp, mostra candidato do PL com 25,3% das intenções de voto, seguido por Duda Salabert e Rogério Correia

Do HOJE EM DIA
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18/08/2024 às 10:00.
Atualizado em 18/08/2024 às 11:14

Pesquisa Ipimob apurou preferência dos eleitores para ocupar a Prefeitura de BH, rejeição a candidatos e problemas da capital (Maurício Vieira/ Hoje em Dia)

Pesquisa Ipimob apurou preferência dos eleitores para ocupar a Prefeitura de BH, rejeição a candidatos e problemas da capital (Maurício Vieira/ Hoje em Dia)

Pesquisa do Instituto Ipimob mostra Bruno Engler, do PL, em primeiro lugar na preferência do eleitorado para a Prefeitura de Belo Horizonte, com 25,3% das intenções de voto. O candidato é seguido por Duda Salabert (PDT), Rogério Correia (PT), Fuad Noman (PSD) e Mauro Tramonte (Republicanos), nessa ordem. Divulgado neste domingo (18), o levantamento foi feito a partir de 1.613 entrevistas via WhatsApp, realizadas entre 10 e 14 de agosto. Também aponta a segurança pública/ criminalidade, a infraestrutura urbana e o transporte público como os principais problemas da capital mineira.

A pesquisa foi do tipo estimulada, trazendo opções de resposta. Atrás de Bruno Engler surgem Duda Salabert (PDT), com 17,9%, e Rogério Correia (PT), com 17,2% da preferência. O atual prefeito, Fuad Noman (PSD), tem 7,1%, e Mauro Tramonte (Republicanos), 7,0%. Gabriel Azevedo (MDB) foi escolhido por 4,7% dos entrevistados, e Carlos Viana (Podemos) por 2,7%.  Votarão em branco ou nulo 4,7% dos eleitores ouvidos, e 13,3% não sabem. O levantamento, registrado no TSE, indica margem de erro de 2,4%, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.  


Apesar do favoritismo apurado pelo Ipimob, Bruno Engler carrega a maior rejeição: 34,6%. Outros 22,3% dos entrevistados não votariam no candidato do PT, Rogério Correia. Duda Salabert tem 15,2% de rejeição, seguida por Carlos Viana (4,9%), Mauro Tramonte (4,8%), Fuad Noman (4,4%) e Gabriel Azevedo (1,1%).

Para o estatístico Bruno Augusto Silva Andrade, responsável pela pesquisa, a coleta de dados via WhatsApp permite um retrato mais “instantâneo” do cenário, devido à agilidade com que as informações podem ser obtidas, compiladas e divulgadas. Por outro lado, quanto maior o intervalo entre a realização das entrevistas e a publicação do resultado, maior o risco de a percepção dos eleitores ter mudado, especialmente se houver algum fato novo envolvendo os candidatos, como uma aliança, uma doença ou uma denúncia.

Andrade destaca, porém, que a campanha está no início – oficialmente, começou na sexta (16). “Tudo pode acontecer”, diz. Para ele, uma hipótese para Bruno Engler aparecer na liderança – quatro posições à frente de Mauro Tramonte, até então apontado como favorito por diferentes institutos de pesquisa – estaria na presença maciça, nas redes sociais, de eleitores que se identificam com a extrema direita, linha do candidato do PL.

“São eleitores muito engajados com o WhatsApp, que podem ter tido interesse e  agilidade maior para responder às perguntas e devolver os formulários”, diz. De acordo com o estatístico, mesmo analisando diferentes recortes, por sexo, faixa etária ou regional de BH, o resultado não mudou.

Eleitores prometem ‘fidelidade’

O levantamento do Instituto Ipimob também mostrou que a maioria dos entrevistados, 63,5%, está “muito decidida” em relação ao voto. Outros 20,6% admitem chance de mudar. Para 15,9%, nada está definido. Além disso, homens estão mais convictos em relação ao voto: 69,9% afirmaram que não vão trocar de opinião. Entre as mulheres, o percentual é de 58,3%.

Entrevistados indicam problemas da capital

Questionados sobre o principal problema em BH, 23,9% dos entrevistados disseram que é a segurança pública/ criminalidade. Para 22,8%, a infraestrutura urbana. Transporte público (20,6%), saúde (10%), educação (8,2%), áreas de lazer, turismo e cultura (6,8%), meio ambiente (2,6%) e outros (5,2%) também foram apontados.

Como foi feita a pesquisa?

O Ipimob é um instituto de pesquisas que coleta informações via WhatsApp. Segundo o estatístico Bruno Andrade, o disparo dos questionários é aleatório. Para chegar à amostra a ser analisada, são feitas ponderações sobre variáveis como sexo, faixa etária e escolaridade com o objetivo de representar o perfil da população do município, traçado antes pelo IBGE. Também busca-se a participação equilibrada das regionais.

Para o diretor jurídico do Ipimob, Joel Moreira Filho, a coleta de dados via WhastApp permite que um número maior de pessoas seja ouvido e pode dar maior liberdade ao participante de se manifestar, vez que não há a figura do entrevistador. A pesquisa foi registrada no TSE sob o número 03919/2024.

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