Mesmo com maior rejeição, Bruno Engler lidera pesquisa em BH feita nas redes sociais
Levantamento do Instituto Ipimob com 1.600 eleitores, via WhatsApp, mostra candidato do PL com 25,3% das intenções de voto, seguido por Duda Salabert e Rogério Correia
Pesquisa do Instituto Ipimob mostra Bruno Engler, do PL, em primeiro lugar na preferência do eleitorado para a Prefeitura de Belo Horizonte, com 25,3% das intenções de voto. O candidato é seguido por Duda Salabert (PDT), Rogério Correia (PT), Fuad Noman (PSD) e Mauro Tramonte (Republicanos), nessa ordem. Divulgado neste domingo (18), o levantamento foi feito a partir de 1.613 entrevistas via WhatsApp, realizadas entre 10 e 14 de agosto. Também aponta a segurança pública/ criminalidade, a infraestrutura urbana e o transporte público como os principais problemas da capital mineira.
A pesquisa foi do tipo estimulada, trazendo opções de resposta. Atrás de Bruno Engler surgem Duda Salabert (PDT), com 17,9%, e Rogério Correia (PT), com 17,2% da preferência. O atual prefeito, Fuad Noman (PSD), tem 7,1%, e Mauro Tramonte (Republicanos), 7,0%. Gabriel Azevedo (MDB) foi escolhido por 4,7% dos entrevistados, e Carlos Viana (Podemos) por 2,7%. Votarão em branco ou nulo 4,7% dos eleitores ouvidos, e 13,3% não sabem. O levantamento, registrado no TSE, indica margem de erro de 2,4%, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
Apesar do favoritismo apurado pelo Ipimob, Bruno Engler carrega a maior rejeição: 34,6%. Outros 22,3% dos entrevistados não votariam no candidato do PT, Rogério Correia. Duda Salabert tem 15,2% de rejeição, seguida por Carlos Viana (4,9%), Mauro Tramonte (4,8%), Fuad Noman (4,4%) e Gabriel Azevedo (1,1%).
Para o estatístico Bruno Augusto Silva Andrade, responsável pela pesquisa, a coleta de dados via WhatsApp permite um retrato mais “instantâneo” do cenário, devido à agilidade com que as informações podem ser obtidas, compiladas e divulgadas. Por outro lado, quanto maior o intervalo entre a realização das entrevistas e a publicação do resultado, maior o risco de a percepção dos eleitores ter mudado, especialmente se houver algum fato novo envolvendo os candidatos, como uma aliança, uma doença ou uma denúncia.
Andrade destaca, porém, que a campanha está no início – oficialmente, começou na sexta (16). “Tudo pode acontecer”, diz. Para ele, uma hipótese para Bruno Engler aparecer na liderança – quatro posições à frente de Mauro Tramonte, até então apontado como favorito por diferentes institutos de pesquisa – estaria na presença maciça, nas redes sociais, de eleitores que se identificam com a extrema direita, linha do candidato do PL.
“São eleitores muito engajados com o WhatsApp, que podem ter tido interesse e agilidade maior para responder às perguntas e devolver os formulários”, diz. De acordo com o estatístico, mesmo analisando diferentes recortes, por sexo, faixa etária ou regional de BH, o resultado não mudou.
Eleitores prometem ‘fidelidade’
O levantamento do Instituto Ipimob também mostrou que a maioria dos entrevistados, 63,5%, está “muito decidida” em relação ao voto. Outros 20,6% admitem chance de mudar. Para 15,9%, nada está definido. Além disso, homens estão mais convictos em relação ao voto: 69,9% afirmaram que não vão trocar de opinião. Entre as mulheres, o percentual é de 58,3%.
Entrevistados indicam problemas da capital
Questionados sobre o principal problema em BH, 23,9% dos entrevistados disseram que é a segurança pública/ criminalidade. Para 22,8%, a infraestrutura urbana. Transporte público (20,6%), saúde (10%), educação (8,2%), áreas de lazer, turismo e cultura (6,8%), meio ambiente (2,6%) e outros (5,2%) também foram apontados.
Como foi feita a pesquisa?
O Ipimob é um instituto de pesquisas que coleta informações via WhatsApp. Segundo o estatístico Bruno Andrade, o disparo dos questionários é aleatório. Para chegar à amostra a ser analisada, são feitas ponderações sobre variáveis como sexo, faixa etária e escolaridade com o objetivo de representar o perfil da população do município, traçado antes pelo IBGE. Também busca-se a participação equilibrada das regionais.
Para o diretor jurídico do Ipimob, Joel Moreira Filho, a coleta de dados via WhastApp permite que um número maior de pessoas seja ouvido e pode dar maior liberdade ao participante de se manifestar, vez que não há a figura do entrevistador. A pesquisa foi registrada no TSE sob o número 03919/2024.
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