Minas marcada pela desigualdade regional e falta de oportunidades

Amália Goulart - Hoje em Dia
28/06/2013 às 07:31.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:33

Mesmo com a promessa do governo de Minas de levar o desenvolvimento aos rincões do estado, a região Central continua a responder por quase 70% da arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que corresponde a mais de 80% de toda a receita tributária mineira. As regiões mais pobres, como Jequitinhonha e Mucuri, não conseguem chegar a 1% de arrecadação com o ICMS, o que mostra que elas continuam à margem do desenvolvimento.

É o que revelam os números do governo encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e que fazem parte do relatório técnico sobre as contas do governador Antonio Anastasia (PSDB), referentes ao ano de 2012.

É na região Central que se concentram grandes indústrias. Com a movimentação financeira concentrada nos municípios centrais, a arrecadação de ICMS correspondeu a 68,87% do total apurado pelo Estado no ano passado.

A situação se inverte quando o foco são os municípios localizados na região do Jequitinhonha e Mucuri. Lá, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o “Bolsa Família”.

Após anos de promessas de melhorias nas condições econômicas, preponderantes no reflexo social, a região continua a apresentar os piores indicadores econômicos. Foi responsável por apenas 0,22% da arrecadação estadual.


Concentração

“Conforme ressaltado pela Unidade Técnica, no que se refere à contribuição das regiões de planejamento para a arrecadação, nota-se uma excessiva concentração na região Central. O Triângulo e o Sul de Minas, regiões também economicamente importantes, respondem juntos por 18,02% da receita em foco. As três regiões menos desenvolvidas do Estado, Jequitinhonha/Mucuri, Norte e Noroeste de Minas, mal chegam a responder por 1,5% do total”, diz trecho do relatório do TCE.

No Jequitinhonha e Mucuri é o comércio o setor de destaque. Ele responde por 49,44% da movimentação tributária da região. Já na Central, é a indústria de transformação que garante o desenvolvimento econômico, com 42,17% de arrecadação de ICMS da região. Ela vem seguida do setor de serviços.
 
É exatamente a indústria de transformação que garante a maior receita tributária para o Estado de Minas Gerais. Se somados todos os setores, ela representa 47,42% do total arrecadado em ICMS no ano passado.
 
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