O Senado Federal acaba de reafirmar nesta quarta-feira (1º) o senador mineiro Rodrigo Pacheco (PSD) como presidente da Casa. Em disputa direta com o ex-ministro de Jair Bolsonaro, Rogério Marinho (PL-RN), o senador de Minas recebeu 49 votos contra 32 do oponente. Ele foi reeleito para mais dois anos de mandato.

O resultado representa uma derrota do bolsonarismo e dá mais uma demonstração de força do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O terceiro candidato a presidente do Senado, Eduardo Girão (Podemos-CE), desistiu de concorrer em favor de Marinho pouco antes do início da eleição.

Além do PSD, Rodrigo Pacheco recebeu o apoio formal do MDB, do PT, PSB, PDT e da Rede. Já Rogério Marinho formou um bloco com PL, PP e Republicanos, além do voto de senadores do PSDB.

Perfil
Rodrigo Pacheco tem 46 anos e nasceu em Porto Velho (RO), mas mudou ainda criança para Minas Gerais, onde se formou em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC Minas). Ele começou a carreira política em 2014 como deputado pelo MDB. Em 2018, filiou-se ao DEM e conseguiu ser eleito senador em chapa adversária à ex-presidente Dilma Rousseff.

Há dois anos, Pacheco foi o candidato de Jair Bolsonaro ao comando do Senado, em acordo que também contou com o endosso do PT. Na época, derrotou a então senadora Simone Tebet (MDB-MS), que hoje é ministra do Planejamento de Lula.

No final de 2021, quando o DEM começou o processo para se tornar União Brasil, o senador mineiro se filiou ao PSD de Gilberto Kassab. No ano passado, sua aproximação com a esquerda se consolidou.

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