BRASÍLIA – Os deputados federais por Minas Gerais querem ampliar, em 2013, os espaços de destaque que ocupam no Parlamento. Os mais otimistas pleiteiam um cargo na Mesa Diretora no próximo biênio. Mas a maioria das seções estaduais dos partidos se contenta com a presidência de uma comissão permanente.

O caso mais emblemático é o do PSD mineiro que, embora recente, já reivindica um assento na Mesa da Câmara. O nome mais cotado da legenda é o deputado federal Diego Andrade, que admite as movimentações. “Como São Paulo já está contemplado na presidência do nosso partido e na liderança, o ideal é que o lugar na Mesa fique conosco”, disse.

De acordo com Andrade, um integrante do PSD mineiro não participará da direção da Câmara apenas na hipótese de a presidente Dilma Rousseff optar por um nome do Estado se acolher o PSD na Esplanada (o presidente estadual da sigla, Paulo Safady Simão, pode ir para o ministério das Micro e Pequenas Empresas, a ser criado). “Nesse caso, é natural que a gente abra mão da Mesa e fique com uma presidência de Comissão”.

Além do PSD, o PP mineiro aguarda sinalização da direção nacional da legenda para indicar o deputado Luiz Fernando Faria a uma vaga na Mesa. No ano passado, ele comandou a Comissão de Minas e Energia (CME). Neste, o correligionário Márcio Reinaldo Moreira foi o titular da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC).

Consenso

Faria não confirma o consenso em torno de seu nome, no entanto, reforça a necessidade de uma cadeira na Mesa para o PP. “Nós temos a segunda maior bancada, já presidimos comissões. Então, temos direito de exigir”.

Segundo o deputado, a presidência de um colegiado temático é certa caso a demanda na Mesa não prospere. “Até o final do ano, esperamos que tudo esteja decidido”.

Também integrante da base de sustentação da Dilma Rousseff, o PMDB de Minas tem expectativas mais modestas com relação ao ano que se inicia. Como o atual líder da sigla, Henrique Eduardo Alves (RN), concorrerá à presidência da Câmara, os mineiros não tentarão nenhum cargo na Mesa.

“Nós vamos continuar com uma presidência”, declarou o presidente estadual da agremiação, Antônio Andrade, que hoje coordena a Comissão de Finanças e Tributação (CFT). “Mas, o nome ainda vai ser decidido”.
 

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