Ministra diz que PT deve ficar atento a "candidaturas alternativas"

Daniel Roncaglia - Folhapress
Publicado em 07/12/2012 às 16:37.Atualizado em 21/11/2021 às 19:11.
 (Wilson Dias/ABr)
(Wilson Dias/ABr)

SÃO PAULO - A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) admitiu, nesta sexta-feira (7), que a presidente Dilma Rousseff poderá enfrentar na eleição de 2014, além da oposição, um candidato da base aliada. "Nós não devemos estar desatentos a candidaturas alternativas, que começam a se desenhar", afirmou a ministra.

Nesta semana, o governador Eduardo Campos (PSB-PE), que é apontado como presidenciável, fez duras críticas à política econômica de Dilma.

Segundo Ideli, a eleição de 2014 já está na rua. "Dizem que a Dilma já subiu no palanque. Ora, a Dilma não saiu do palanque. A Dilma é a nossa candidata e tenta a reeleição em 2014, obviamente", afirmou a ministra.

Questionada quem seria esse possível candidato, a ministra disse que ainda é cedo. Ideli discursou de um evento do PT paulista com prefeitos e vereadores eleitos, que acontece em um hotel em Embu das Artes (Grande São Paulo).

Chumbo

Na sua fala, a ministra relacionou à eleição presidencial a decisão da Cemig e da Cesp, companhias energéticas de Minas Gerais e São Paulo, de não renovar concessão de todas as suas geradoras. Ambos os Estados são governados pelo PSDB.

Na quarta, Dilma atacou a "falta de sensibilidade" dos governos tucanos e sinalizou que está disposta a bancar a redução de 20,2% da tarifa de energia.

De forma indireta, Ideli criticou também o senador Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB à Presidência, pela decisão da estatal mineira. "O cara [Aécio] parece mais o presidente da Cemig do que candidato a presidente do Brasil", disse.

Segundo ela, a presidente deu uma "chapuletada" no senador tucano. Para a ministra, os tucanos irão tomar "chumbo" do PT na eleição. "Em 2014, a probabilidade de tomar chumbo também é bastante grande", disse.

Ideli ainda afirmou que o PT não pode ficar desatento aos ataques da "direita e seus adeptos". "Eles não vão dar trégua. É muito importante saber com quem conta, onde está, porque está. E saber também quem é que vai nos atacar. Nós vamos ser permanentemente atacados", disse.

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