Política

'Não serei cassado, vou exercer meu mandato até 31 de dezembro de 2024', afirma Gabriel Azevedo

Em entrevista ao Hoje em Dia, presidente da Câmara Municipal de BH afirma que processo de cassação é uma "farsa política"

Iracema Barreto e Renato Fonseca
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 27/11/2023 às 18:45.
Gabriel Azevedo: "isso está me dando uma visibilidade danada" (Maurício Vieira)

Gabriel Azevedo: "isso está me dando uma visibilidade danada" (Maurício Vieira)

Figura central de uma briga política que movimenta a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte desde agosto, o presidente do Legislativo Municipal, Gabriel Azevedo (sem partido), está confiante na manutenção do atual mandato. Um processo de cassação por suposta quebra de decoro parlamentar está em curso na Casa e pode ter um desfecho ainda nesta semana.

A afirmação de Gabriel foi feita nesta segunda-feira (27), em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia. O político voltou a chamar o processo de "farsa". Ele é acusado pela ex-aliada e ex-presidente da Câmara, deputada federal Nely Aquino (Podemos), de abuso de autoridade, agressões verbais contra outros colegas, atuação irregular em CPI e exoneração de funcionários por perseguição política.

A cassação do mandato demandaria quórum qualificado, ou seja 28 dos 41 vereadores. Categórico, Gabriel garante que isso não vai ocorrer. "Não há votos para me cassar. Hoje, temos 14 (parlamentares) contrários à cassação. Algumas surpresas podem aparecer, mas não serei cassado. Vou exercer meu mandato até 31 de dezembro de 2024".

Segundo o presidente da Câmara, não há motivos para a cassação. "Tenho muitos defeitos, mas não sou corrupto. Sou correto, não sou corrupto! Estou tratando a Câmara de uma maneira moralmente elevada, não faço balcão de negócios", acrescenta Azevedo.

O relatório final que pede a cassação pode ser votado em sessão marcada para esta terça-feira (28). Reunião prevista para segunda-feira (27), em que seria apreciado parecer pela Comissão Processante, não ocorreu, por falta de quórum. No mês passado, o parlamentar e testemunhas foram ouvidas por esta comissão, composta pelas vereadoras Iza Lourença (Psol), Janaína Cardoso (União) e Professora Marli (PP).

Mesmo que Gabriel se livre da cassação, novos pedidos ainda poderão ocorrer. Mas, segundo ele, processos futuros já começariam "enfraquecidos". "Haverá menos votos de abertura do que da primeira vez. E vai contar com o mau humor de muitos colegas da base, pois esse processo tramitaria até 4 de março, sem parar em janeiro".

Questionado sobre eventuais impactos negativos na imagem ou trajetória política por conta dos imbróglios, Gabriel Azevedo ironizou: “isso está me dando uma visibilidade danada”.

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