Novas siglas prometem esquentar as eleições

Thiago Ricci - Hoje em Dia
Publicado em 08/02/2016 às 07:49.Atualizado em 16/11/2021 às 01:20.

No dia 2 de outubro deste ano, o eleitor terá novidades ao chegar à urna eletrônica. Quando for escolher o candidato nas eleições municipais, aparecerão três números inéditos: 18, 30 e 35. Como se não bastasse ter que se definir entre 32 opções, em uma verdadeira sopa de letrinhas e números com propostas muitas vezes idênticas entre si, o brasileiro terá novos três partidos para a disputa de 2016.

Serão eles: Partido Novo (Novo), Rede Sustentabilidade (Rede) e Partido da Mulher Brasileira (PMB). Com postura, procedimentos e ideologias diferentes, o trio tentará provar ao eleitor o mesmo mantra: são diferentes de todas as 32 outras opções partidárias.

Eleições em Minas
Mesmo faltando mais de um semestre para o fim do prazo de registro de candidaturas, um ponto está definido: o belo-horizontino terá as três novidades na urna, tanto para vereador, quanto para prefeito.

As semelhanças, no entanto, param por aí. O Novo, o primeiro a ser deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), descartou lançar candidatos no interior de Minas ou mesmo apoiar outras legendas.

“Não faz sentido apoiar algum partido, já que não existe nenhum que nos representa. Por isso, a necessidade de criar uma nova sigla”, justifica o presidente em Minas, Marcelo Costa.

Os dirigentes estão na fase de angariar possíveis postulantes. Para a disputa de cargo Executivo, é obrigatória a experiência em gestão privada. Criado por empresários, em sua maioria radicado no Rio, o partido tem como base políticas liberais, apoiadas na ideia de Estado mínimo. Para ter a filiação aprovada, é preciso passar por processo de seleção, com devassa da vida profissional, atestado de bons antecedentes, análise de currículo e entrevista. “Não está sendo fácil, ainda mais com a imagem da política atual, mas estamos conseguindo”, diz Costa.

Visando 2018
Com cerca de 6 mil filiados em 70% do território mineiro, representatividade no Congresso e na Assembleia mineira, a Rede é a única das novidades com experiência em eleições, já que disputou pelo PSB em 2014, quando a presidenciável Marina Silva quase alcançou o segundo turno. Justamente por isso, o objetivo da sigla é pavimentar o caminho para a próxima disputa à Presidência.

A preocupação com 2018, no entanto, não passa por número de candidatos lançados ou eleitos, e sim por consolidar o conceito, segundo os dirigentes, de um partido único.

“Na Rede não se indica um candidato sem antes construir um programa. Caso contrário, lançar postulante para quê? O processo aqui é ao contrário. Primeiro, o coletivo da cidade precisa construir um programa e depois identificar os líderes para colocar as ideias em ação”, explica o porta-voz (o partido evita a definição “presidente”) em Minas, Léo Santos.

Sem prefeituras
PMB é, das novas legendas, a que conta com o maior número de filiados e representantes no Congresso (veja infográfico). Mesmo assim, está praticamente descartada a possibilidade de disputar prefeituras em Minas. “Nós, mulheres, não somo de ficar jogando no escuro. Não dá tempo de preparar campanha para prefeitura. Nosso objetivo é eleger o maior número de vereadores. Teremos candidato em 300 cidades mineiras”, afirma a presidente Rosimere de Jesus.

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