Novos deputados federais iniciam jornada pela reeleição

Telmo Fadul - Do Hoje em Dia
25/02/2013 às 12:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:20

(Ivaldo Cavalcante)

BRASÍLIA – Os deputados federais de Minas Gerais que eram suplentes até o final do ano passado iniciaram suas atividades parlamentares na última semana com as atenções voltadas para 2014. Eles querem aproveitar a visibilidade que terão nestes dois anos para, na próxima eleição legislativa, sagrarem-se titulares do mandato já no fechamento das urnas.

Embora não admitam publicamente, essa é a maior preocupação de Mário Heringer (PDT), Margarida Salomão (PT), Nilmário Miranda (PT) e Renato Andrade (PP) – que só estrearam na Câmara dos Deputados porque Zé Silva (PDT) passou a integrar o governo Antonio Anastasia e Gilmar Machado (PT), Paulo Piau (PMDB) e Márcio Reinaldo Moreira (PP) elegeram-se prefeitos no ano passado.

A apreensão dos novos congressistas se justifica porque, embora ainda tenham dois anos pela frente – com exceção de Henringer, que pode deixar o Parlamento a qualquer momento, caso Silva volte –, só poderão propor emendas ao Orçamento da União de 2014, já que o texto que deverá vigorar este ano, ainda não aprovado pelo Congresso Nacional, foi elaborado no exercício passado, quando ainda eram suplentes.

Eleitor

Como as emendas à Lei Orçamentária Anual (LOA) compreendem o principal mecanismo por meio do qual o parlamentar leva recursos às suas bases eleitorais, Heringer, Margarida, Nilmário e Andrade terão que se desdobrar em outras frentes para obter a preferência do eleitor.

Descontente com essa situação, Renato Andrade conta que, no final de 2012, procurou o então deputado Márcio Reinaldo Moreira para que dividisse com ele os R$ 15 milhões previstos em emendas para cada parlamentar. O propósito não foi alcançado porque Moreira, então candidato a prefeito de Sete Lagoas, não pode abrir mão de qualquer receita possível.

“Precisamos de recursos para fazer as ações que as cidades necessitam. Sem isso, fica difícil para o eleitor compreender a dimensão do trabalho do parlamentar, que, claro, não se resume a apresentação de emendas”, diz Andrade – o único dos novos integrantes da bancada mineira a falar abertamente sobre o tema. Os demais sustentam que a vitória nas urnas em 2014 será consequência do desempenho no mandato.

Margarida Salomão, por exemplo, declara que não está ansiosa quanto à sua reeleição, mas garante que concentrará seu trabalho na região em que é votada, a Zona da Mata. “Tínhamos uma importância econômica grande no século passado, que vem declinando sem que haja políticas que busquem a sua recuperação”.

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