(Fernando Frazão/Agência Brasil)
Os organizadores do ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, no Largo da Carioca (centro do Rio), calcularam em 50 mil o número de manifestantes. A Polícia Militar (PM) não divulgou estimativas. No ato, muitas críticas ao PMDB, à mídia, ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao juiz Sergio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato na primeira instância.
Chamada de "Jornada Nacional Pela Democracia #golpenuncamais", a mobilização começou por volta das 16h. Os manifestantes gritaram palavras de ordem, como "não vai ter golpe, vai ter luta".
O principal alvo da manifestação foi o vice-presidente Michel Temer (PMDB). Ele foi chamado de mentor do golpe e repetidas vezes os manifestantes cantaram a música "Vou festejar", sucesso de Beth Carvalho, cujo refrão diz: "você pagou com traição a quem sempre te deu a mão". Os militantes pediram a renúncia de Temer, junto com a saída do PMDB do governo.
Houve um minuto de silêncio para lembrar as vítimas da ditadura militar no Brasil. O ato foi organizado pelos movimentos sociais Frente Brasil Popular e a Povo Sem Medo, compostos por sindicatos, associações de trabalhadores, estudantes e camponeses.
As críticas a Sergio Moro foram feitas nos cartazes e nos discursos, sobretudo quando era lembrada a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em manter o processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora da alçada do juiz. Militantes distribuíram cartazes com a frase "Golpe nunca mais", com a logomarca da rede Globo no lugar da letra "o".