O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a defender uma solução pacífica para a guerra entre Israel e o Hamas, na região da Palestina. Porém, o mineiro pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se retrate pela associação feita entre as ações militares na Faixa de Gaza ao Holocausto. A afirmação foi feita nesta terça-feira (20).
Para Rodrigo Pacheco, a fala de Lula foi “inapropriada e equivocada”. "Ainda que a reação perpetrada pelo governo de Israel venha a ser considerada indiscriminada e desproporcional, não há como estabelecer um comparativo com a perseguição sofrida pelo povo judeu no nazismo".
Para ele, Lula é um líder global, conhecido por estabelecer diálogos e pontes entre as nações. "Motivo pelo qual entendemos que uma retratação dessa fala seria adequada, pois o foco das lideranças mundiais deve estar na resolução do conflito entre Israel e Palestina”.
O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), condenou o que chamou de relativização do governo sobre conflitos ao redor do mundo. Ele citou questões na Venezuela, na Rússia e na Guatemala, e classificou a comparação de Lula como “infame”. O senador Carlos Viana (Podemos-MG) informou que, em visita a Israel, viu “cenas de sangue e mulheres estupradas em nome de religião”.
Já o senador Omar Aziz (PSD-AM) pediu para que não se confundisse o governo israelita com o povo de Israel. Ele chegou a pedir que o presidente Pacheco tipificasse o que significam “30 mil inocentes mortos na região da Palestina”.
"Não tem o que se comparar com o nazismo, é verdade. Mas o presidente Lula nunca abraçou uma deputada nazista. Fazer uma reprimenda ao presidente Lula? Aí não dá!", disse Aziz, que prometeu retomar o assunto em futuros pronunciamentos.
* Com informações da Agência Senado
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