DATAFOLHA

Para 55% da população, Bolsonaro tem responsabilidade por atos antidemocráticos em Brasília

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
12/01/2023 às 10:14.
Atualizado em 12/01/2023 às 10:19
Agentes fazem buscas em São Pedro da Aldeia (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agentes fazem buscas em São Pedro da Aldeia (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Levantamento divulgado pelo instituto Datafolha nesta quinta-feira (12) mostra que para 55% dos brasileiros o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve responsabilidade pelos atos de vandalismo em Brasília, ocorridos no último domingo (8). 

A pesquisa foi realizada por telefone, com ligações feitas para aparelhos celulares, entre terça (10) e quarta-feira (11), com 1.214 entrevistados pelo país. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Veja abaixo os resultados da pesquisa:

  • Bolsonaro teve muita responsabilidade: 38%
  • Teve um pouco de responsabilidade: 17%
  • Não teve nenhuma responsabilidade: 39%
  • Não souberam responder: 6%

Ataques 

Os ataques em Brasília foram realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que não obteve sucesso em sua tentativa de reeleição. Grupos que não aceitaram a derrota já vinham mantendo, desde o fim do ano passado, acampamentos em frente a edifícios do Exército em diversos estados do país e clamavam por uma intervenção militar.

Atos de vandalismo foram praticados no Palácio do Planalto e nas sedes do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Os prejuízos ainda estão sendo calculados. 

Intervenção 

Após a invasão aos Poderes, o presidente Lula decretou intervenção federal na área de Segurança Pública do Distrito Federal até 31 de janeiro. A intervenção foi aprovada em votação na Câmara e no Senado.

"Não existe precedente (para) o que essa gente fez e, por isso, essa gente terá que ser punida. Nós vamos inclusive descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília, e todos eles pagarão com a força da lei esse gesto de irresponsabilidade, esse gesto antidemocrático e esse gesto de vândalos e fascistas", declarou Lula.

Horas depois, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afastou do cargo por 90 dias o governador do DF, Ibaneis Rocha, e decretou a prisão de Anderson Torres, que era secretário de Segurança do DF no momento dos ataques.

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