Para Lacerda, ainda há tempo de treinar BH para a Copa

Patrícia Scofield - Hoje em Dia
14/12/2013 às 07:37.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:48

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

A pouco mais de um semestre para a Copa do Mundo de 2014 e em meio a críticas da falta de fluência no inglês para atender aos turistas estrangeiros que devem visitar o Brasil, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB) acredita que ainda é tempo para aprimorar o treinamento dos prestadores de serviços da capital.    Segundo o prefeito, é preciso apostar em taxistas, funcionários de hoteis, restaurantes e lojistas, para ajudar a construir a imagem de cidade-sede hospitaleira, aos moldes do esforço feito pelo povo alemão, quando esse país sediou a Copa (2006). BH deverá receber quatro jogos da primeira fase do Mundial, uma oitava de final e uma semifinal.    “O marketing de país, a imagem que queremos, ainda não está claro no Brasil. E essa imagem internacional BH não tem. O treinamento de mão-de-obra eu acho que ainda dá tempo. A questão é botar a bola no chão e chamar o pessoal na responsabilidade”, afirmou Lacerda, em conversa com Hoje em Dia. Ele é o próximo entrevistado do “Página 2 Entrevista” e outros trechos você confere na segunda-feira.    “A Alemanha fez um trabalho assim de mudar a imagem, passar que é um país simpático, que sabe fazer amigos e receber as pessoas. Eu me encontrei na semana passada com um ex-prefeito de Stuttgart, que foi prefeito na época da Copa na Alemanha, e ele me disse o seguinte: tem que treinar taxista, a turma de hotel, o pessoal dos restaurantes”, acrescentou. Segundo o socialista, deve-se explorar a “múltipla identidade cultural” da capital para criar a imagem internacional.    “A questão é como aproveitar esse período, que não são só os 30 dias da Copa, pois você tem uma grande possibilidade de fazer um media trip espontâneo e também um planejado, para trazer jornalistas dos países que interessam, inclusive para olhar a parte da economia”.   Na Prefeitura de BH, há grupo de trabalho responsável por atrair visibilidade “globalizada” para a capital, por meio, por exemplo, da divulgação da identidade cultural dos mineiros na imprensa internacional. “Se você vê na época da Copa da Alemanha e da África do Sul a quantidade de matérias e informações sobre o país... E isso pode ser organizado, preparado de forma tranquila, transparente. Nós temos um assessor inglês que trabalhou nas Olimpíadas de Londres, Mike Lee, para ajudar nessa oportunidade de levar BH a bilhões de pessoas”, disse Lacerda.    “Tem um aspecto da Copa que ninguém está ressaltando, que é o seguinte: foi uma experiência de governos federal, estadual e municipais trabalharem juntos, tendo que produzir resultado, com uma auditoria não só dos órgãos do Brasil, mas da Fifa, da imprensa, de forma muito escrutinadora e sem poder adiar o prazo”, observou o prefeito, ao fazer um balanço sobre os preparativos de BH para receber o mundial.

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