'Parece algo pessoal contra mim', reclama Bolsonaro, na primeira fala após decisão do STF
Para ex-presidente, as acusações que levaram a Primeira Turma a torná-lo réu "são graves e infundadas"
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se tornou réu nesta quarta-feira (26) por crimes contra a ordem democrática, comentou a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Em post no X, assim que a Corte alcançou maioria para torná-lo réu, ele chamou o julgamento no STF de "atentado jurídico à democracia" e afirmou que os ministros tentam impedir que ele "chegue livre às eleições" de 2026.
"Parece que há algo pessoal contra mim e as acusações são graves e infundadas", citou Bolsonaro, em pronunciamento ao lado do filho e senador Flávio Bolsonaro (PL) e aliados.
"Golpe tem povo, mas tem tropa, armas e tem liderança. Dois anos de investigação e não descobriram quem, porventura, seria esse líder. Vi ontem, assisti hoje, o senhor Alexandre de Moraes dizer que assinaram ANPP (Acordo de Não Persecução Penal) e que, no acordo, essas pessoas admitiram que estavam num golpe. 500 pessoas e ninguém sabia. Nesse acordo, ninguém cita meu nome. 500 pessoas e ninguém cita meu nome", comentou Bolsonaro.
Durante a fala a sobre decisão da Primeira Turma do STF de torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente voltou a fazer acusações contra as urnas eletrônicas.
Sete aliados de Bolsonaro também viraram réus por tentativa de golpe:
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.