(Divulgação)
A reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff (PT) pretende fazer pode render-lhe mais um adversário na corrida pela reeleição em 2014. Desta vez, é o PDT que ameaça rebelião.
O presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, indicou à presidente o nome do secretário-geral da legenda, Manoel Dias, para substituir Brizola Neto (PDT) no comando do Ministério do Trabalho. Porém, existe a possibilidade de Dilma não atender ao pleito, indicando um nome da ala contrária a Lupi dentro do PDT ou, até mesmo, retirando a pasta da cota do partido. Nesta hipótese, segundo fonte ligadas às negociações, o presidente do PDT e ex-ministro do Trabalho trabalharia para lançar o senador Cristovam Buarque ao Planalto.
No último sábado (9), Lupi esteve em Belo Horizonte para participar de um evento da legenda e reunião com o comando estadual do partido. Nos bastidores, teria comentado com aliados próximos sobre a possibilidade de lançar Cristovam.
O ex-ministro esteve, na semana passada, reunido com aliados para discutir sobre a indicação de Dias. Eles querem retomar o Ministério, enfraquecendo o poder político de Brizola Neto, adversário interno de Lupi. Dilma deve substituir o atual ministro por não aprovar a condução dele à frente da pasta.
Caso Dilma retire o Trabalho do PDT, pode haver rebelião, aumentando o número de candidatos ao Planalto. Hoje, os pré-candidatos são, além de Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede).
Mineiro
Na reforma ministerial da presidente, conforme adiantou o Hoje em Dia, está confirmada a ida do mineiro Antônio Andrade (PMDB) para o ministério da Agricultura. O atual titular, Mendes Ribeiro, passa por problemas de Saúde.