(Agência Petrobras/Divulgação)
O Sindpetro/MG, que representa os petroleiros e funcionários da Petrobrás em Minas Gerais, aprovou nessa sexta-feira (8) o estado de greve na Refinaria Gabriel Passos (Regap), e a paralisação das atividades caso o Congresso Nacional coloque em pauta a privatização do Sistema Petrobrás.
Além disso, os trabalhadores também rejeitaram o acordo coletivo proposto pela empresa e afirmam que documento não apresenta nenhum aumento real, além de tirar alguns benefícios que já existiam.
“Aprovamos uma greve caso coloquem a Regap à venda, a nossa única refinaria de Minas Gerais, nessa privatização descarada do nosso patrimônio por metade de seu preço. A categoria mineira mostrou mais uma vez que vai pra luta. Não permitiremos a entrega da Regap”, afirmou Alexandre Finamori, coordenador geral do Sindipetro/MG.
Venda
A venda da Refinaria Gabriel Passos, em Betim, está sendo planejada como parte de um novo modelo de refino do petróleo no Brasil com o objetivo, segundo o governo,possibilitar o fim do monopólio da Petrobrás na distribuição de combustíveis e oferecer melhores preços aos consumidores. Contudo, os petroleiros argumentam que a estratégia adotada permite a venda das refinarias da petrobras por 70% do valor real.
Relatório do TCU - Tribunal de Contas da União - que avaliou o processo de vendas das refinarias pelo governo federal indicou que as seis refinarias colocadas à venda (Regap, em Minas Gerais, e outras no Rio Grande do Sul, na Bahia, em Pernambuco, Amazonas e Paraná) estão passando por um processo de desinvestimento e já tem sua produção reduzida, mesmo antes da venda.
Segundo o TCU, a venda das empresas pode ser uma oportunidade de investimento no futuro. Porém, no primeiro momento o tribunal aponta que há risco de se formarem monopólios locais, o que resultaria em aumento de preços aos consumidores.
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