PGR pede 22 anos de prisão para Eduardo Azeredo por mensalão mineiro

Agências Estado e Folhapress
Publicado em 07/02/2014 às 17:51.Atualizado em 20/11/2021 às 15:53.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) condene o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) a uma pena de 22 anos de prisão e pagamento de multa de R$ 451 mil por participação em um esquema denominado mensalão mineiro.

O pedido foi encaminhado nesta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF), que julgará o processo do mensalão mineiro. Nas alegações finais entregues ao STF, o chefe do Ministério Público Federal afirma que Azeredo cometeu os crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Na ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), são investigadas denúncias de desvio de dinheiro público durante a campanha de Azeredo, então governador de Minas Gerais que disputava a reeleição, em 1998.

Eduardo Azeredo alega inocência e diz que relatório não condiz com provas

No final da tarde, o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) divulgou nota na qual manifestou "estranheza" pelo que chama de contradições entre o relatório da Procuradoria-Geral da República e provas contidas na Ação Penal 536, o chamado mensalão mineiro. Segundo a nota, "Azeredo reitera sua inocência com relação às acusações e espera que as questões sejam esclarecidas o quanto antes. Reforça que não houve mensalão, ou pagamento a parlamentares, em Minas Gerais, e que as questões financeiras da campanha de 1998, alvo da ação penal que tramita no STF, não eram de sua Responsabilidade.

Reafirma ainda que a aquisição de cotas de patrocínio por estatais mineiras, também questionada, não é da alçada de um governador de Estado e não houve sua a determinação para que ocorresse", diz a nota divulgada pela assessoria de imprensa do deputado. De acordo com o texto, Eduardo Azeredo está confiante no julgamento que o STF fará após ouvir as alegações da defesa.

Para a PGR, o então candidato teria se beneficiado de recursos oriundos de um esquema que envolvia a empresa SMP&B, de propriedade do publicitário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Outros acusados respondem a acusações na primeira instância da Justiça de Minas, porque não têm foro privilegiado.

Aécio: caso tucano está "a anos-luz" do mensalão

O pré-candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta sexta-feira que a investigação envolvendo o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, no esquema conhecido como mensalão tucano está "a anos-luz do mensalão [petista]".

Ele saiu em defesa de Azeredo e disse que "até os adversários reconhecem a sua honestidade".
"Eu não conheço as razões que levaram ele [procurador-geral República, Rodrigo Janot,] a tomar essa decisão, o que nós temos é que aguardar o julgamento", disse Aécio. O que eu posso dizer é que o governador Eduardo Azeredo é reconhecido em Minas como homem de bem", acrescentou.

Questionado sobre a possibilidade de exploração eleitoral do caso, Aécio disse que ela é provável. "Mas essa questão está a tantos anos-luz do mensalão [petista], que significou a utilização do Estado para mensalmente pagar apoio ao governo. Se houve algum delito, deve ser punido, mas foi um momento da campanha eleitoral."

Atualizada às 19h32

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