
O candidato ao governo de Minas pela coligação “Minas Pra Você”, Fernando Pimentel (PT), classificou como “estranho” o anúncio de aumento de 6,5% para o funcionalismo estadual, a partir de 2015, feito pela secretária de Planejamento, Renata Vilhena, na quinta-feira (25), em reunião com o Comitê de Negociação Sindical (Cones). Segundo o petista, o reajuste é “justo”, porém, cabe à Justiça avaliar se o ato configura abuso de poder político, em se tratando do atual período de campanha.
“Como o funcionalismo público de Minas, na média, ganha muito mal, todo reajuste é bem-vindo. Agora, o anúncio de um reajuste às vésperas de uma eleição é no mínimo muito estranho. Mas não sou eu que tenho que dizer sobre isso. Aí é a Justiça Eleitoral. Que eu acho estranho, acho, mas é justo”.
Pimentel participou nessa sexta-feira (26) de encontro com diretores do Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos e Químicos para Fins Industriais do Estado de Minas Gerais. Na ocasião, criticou o valor do ICMS taxado para os medicamentos produzidos no Estado, o que, segundo ele, leva indústrias farmacêuticas a se instalarem em São Paulo ou Goiás, por exemplo, para ter benefícios tributários.
“O medicamento produzido em Minas paga 18% de ICMS. É um paradoxo, porque o medicamento veterinário paga 0%. Então, não tem explicação porque que o remédio para a gente custa mais caro e paga mais imposto do que o remédio para os animais”, comentou.
A proposta de Pimentel para essa questão é criar uma comissão com representantes dos setores produtivos, do Fisco e advogados tributaristas para discutir a simplificação da legislação do ICMS. “Ela é obsoleta, arcaica e está afastando as empresas do nosso Estado. Vamos criar uma comissão como fizemos na Prefeitura de BH”.