PMDB do RJ cobra apoio do PT à candidatura de Luiz Pezão

Luciana Nunes Leal
Publicado em 25/02/2013 às 15:24.Atualizado em 21/11/2021 às 01:20.

O PMDB do Rio de Janeiro emitiu, nesta segunda-feira (25), nota cobrando do PT o apoio à candidatura do vice-governador, Luiz Fernando Pezão, à sucessão do governador Sérgio Cabral. A nota também sugere que o partido poderá não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff, caso seja mantida a candidatura do senador petista Lindbergh Farias ao governo do Estado.

Embora aponte como "fundamental para o Brasil a reeleição da presidente Dilma Rousseff", o PMDB fluminense diz que levará adiante a candidatura de Pezão e rejeita a possibilidade de um palanque duplo para Dilma no Rio, com o vice-governador e o senador petista candidatos. Os peemedebistas dizem que a candidatura de Pezão é "inegociável".

"O cenário de palanque duplo para a presidente Dilma não se sustenta. Trata-se de uma equação que não fecha e cujo resultado não será a soma, mas a subtração", diz a nota, assinada pelo presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, e que será lida na convenção nacional do partido, no próximo fim de semana, pelo deputado federal Leonardo Picciani, filho do dirigente peemedebista.

O teor da nota do PMDB-RJ foi discutido no fim de semana e tem o aval do governador Sérgio Cabral e do prefeito da capital, Eduardo Paes. A candidatura de Lindbergh tem sido muito criticada pelos peemedebistas do Rio, mas pela primeira vez o partido tornou pública a cobrança de apoio a Pezão. Lindbergh foi personagem central do programa do PT do Rio que foi ao ar em 40 inserções, nos últimos quatro dias.

Uma primeira versão da nota cobrava diretamente da executiva nacional petista uma atitude para "equacionar a questão com o PT do Rio". Uma nova versão, mais amena, substituiu a anterior. "Garantimos a governabilidade e somos fiéis aos nossos aliados. Mas cabe ao PT que a desejada aliança se mantenha coesa, forte e uníssona. Em 2010 no primeiro turno o povo do Rio deu 67% dos votos ao governador Sergio Cabral. E no segundo turno 70% os votos à presidenta Dilma", diz a nota oficial do PMDB-RJ.


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