O PPS enviou ofício Comissão Nacional da Verdade sugerindo que seja investigado a suposta colaboração do ex-presidente Lula com o regime militar nos anos 1980. Em entrevista à revista "Veja", o ex-secretário nacional de Justiça no governo Lula, Romeu Tuma Júnior, afirmou que Lula teria sido informante de seu pai, o ex-delegado Romeu Tuma, junto ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), polícia política da ditadura.
Na entrevista, Tuma Junior sugeriu que há documentos nos arquivos que comprovariam sua versão. "Não excluo a possibilidade de algum relatório do Dops da época registrar informações atribuídas a certo informante de codinome Barba". O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), afirmou à comissão, em ofício, que "espera que sejam tomadas as providências cabíveis para que sejam os fatos devidamente averiguados, a fim de que seja estabelecida a verdade histórica". E justificou: "O Brasil precisa saber se é verdade que o ex-presidente era um informante da polícia política da ditadura militar e, ainda, com qual finalidade. Teria sido Lula um delator de seus companheiros? Quem ele teria delatado? Quando isso teria ocorrido?." A Comissão Nacional da Verdade investiga episódios sobre violações dos Direitos Humanos no Brasil no século 20, em períodos de Ditadura Militar.
O PPS e o PSDB também analisam convidar Tuma Júnior a participar de um debate na Câmara no próximo dia 18. Para furar o bloqueio do governo, que não aprova o convite para que ele fale oficialmente às comissões da Casa, os partidos estudam fazer um evento paralelo no auditório da Câmara.