Prefeitos do Norte de Minas iniciam gestão sob a mira da Justiça

Clarissa Carvalhaes - Do Hoje em Dia
13/01/2013 às 08:44.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:34
 (Dione Afonso)

(Dione Afonso)

Além de terem recebido as prefeituras com problemas financeiros, salários do funcionalismo atrasados e serviços básicos deficientes, os novos prefeitos eleitos no Norte de Minas iniciarão suas gestões sob a desconfiança da Polícia Federal (PF), da Receita Federal e dos ministérios públicos Estadual e Federal.   Afinal, nos últimos quatro anos, quando estiveram nas mãos de seus antecessores, esses municípios foram alvo de várias operações, sob o comando dos órgãos de controle, que apontaram suposto rombo de mais de R$ 500 milhões aos cofres públicos.   Os esquemas envolveram, além dos prefeitos, funcionários públicos e empresários responsáveis pela prestação de serviços às prefeituras.   Muitos dos envolvidos continuam presos e responderão por formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e outros crimes contra a administração pública. Agora, o desafio dos novos gestores, além de colocar a casa em ordem, é fazer com que as prefeituras iniciem um ciclo com a marca da honestidade e da transparência.   Eles também querem provar aos órgãos de controle e de fiscalização que têm condições de gerir seus municípios dentro da legalidade. A intenção, acima de tudo, é a de valorizar a confiança recebida do eleitor. Para isso, muitos prefeitos começaram a abrir auditorias em suas administrações e a fazer uma devassa em todos os contratos com os fornecedores que estão sob suspeita.   Investigada   Em Francisco Sá, município com pouco mais de 25 mil habitantes, localizado a 471 km da capital, o recém-empossado Denilson Rodrigues Silveira (PCdoB) promete investigar todas as empresas apontadas pela PF durante a operação Máscara da Sanidade, em meados de 2012, que desarticulou fraude em 36 prefeituras mineiras.   “Queremos manter a ficha limpa com os órgãos fiscalizadores. Vamos contratar uma empresa para analisar documentos e rever processos licitatórios. Se algo estiver errado, ou gerar a mínima suspeita, não vamos hesitar em rescindir contratos”, assegura o prefeito.   Suspeitas   Hasteando a mesma bandeira, prefeitos de outras cinco cidades ouvidos pelo Hoje em Dia – Olhos D’Água, Patis, Porteirinha, Salinas e Manga – também iniciaram auditorias na administração.   “As páginas que queremos ocupar são as dos cadernos de turismo. A boa notícia é que temos potencial para isso e é realmente uma pena que, até agora, nossa missão seja limpar a sujeita. Nos cabe agora dar fim a essas suspeitas que têm fundamento”, afirma o prefeito de Salinas, Joaquim Neres (PT).   Leia mais na http://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/shelf/93

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