A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) negou que tenham sido firmados contratos com a Erkal Engenharia durante o mandato do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), que é um dos sócios da empresa. A resposta da administração municipal vem após denúncia feita pela vereadora Fernanda Altoé (Novo), que identificou um contrato assinado pela PBH com a empresa durante período em que Kalil já era prefeito da capital. 

Segundo a administração municipal, o mal entendido foi resultado de um erro de digitação em um documento encaminhado à vereadora, no qual constava uma data diferente em um dos contratos, o que provocou as suspeitas da parlamentar. 

"Houve um erro de digitação nas informações repassadas à vereadora. O período de vigência do contrato, na realidade, é de 13/10/2010 a 11/10/12. Um ofício já está sendo elaborado para envio à Câmara Municipal com a correção da data e informações sobre questionamentos pedidos pela vereadora”, informou em nota.

Documento encaminhado pela Prefeitura de Belo Horizonte à vereadora Fernanda Altoé

 O documento original encaminhado pela própria PBH a Fernanda Altoé, que faz parte do partido do governador Romeu Zema (Novo), indicava que foi firmado um contrato com empresa do ex-prefeito para obras no período entre outubro de 2020 e outubro de 2021, no valor de R$ 4,9 milhões, quando Kalil era prefeito. Se isso acontecesse, poderia configurar irregularidade, pois o prefeito estaria contratando e repassando recursos públicos para uma empresa que pertence a ele. 

Segundo a vereadora que fez as denúncias, é possível que tenha havido este erro. Contudo, ela diz que não foi comunicada oficialmente pela administração municipal e que ainda irá avaliar as justificativas da prefeitura para o caso. “Aguardamos ainda outros documentos solicitados para verificar que foi um erro de digitação de fato”, avalia. 

Em contato com a reportagem, a vereadora Fernanda Altoé destacou que fez os pedidos de informação à prefeitura após identificar diversas ações trabalhistas contra empresas do ex-prefeito que incluíam a administração municipal como “terceiro interessado”.

Segundo ela, isso poderia fazer com que o poder público tivesse que arcar por dívidas de empresas do ex-prefeito. Diante da situação, a vereadora solicitou os contratos da administração com as empresas que têm Kalil como sócio. 

A reportagem entrou em contato com a assessoria do ex-prefeito e aguarda retorno.

Leia mais:

Diretor da OMS sugere que fim da pandemia pode estar a caminho

Campanha da Santa Casa BH para reabertura de leitos de UTI arrecada só 30% da meta e é prorrogada
 

Compartilhar