Presidenciáveis falam de energia, clima e governo na TV

Agência Estado
Publicado em 25/09/2014 às 15:24.Atualizado em 18/11/2021 às 04:21.

O horário eleitoral da presidente Dilma Rousseff (PT) na televisão continuou ignorando adversários e apresentou obras de geração de energia, enquanto Marina Silva (PSB) abordou sua defesa da política climática e voltou a fazer críticas à gestão da Petrobras. Já o programa de Aécio Neves (PSDB) foi quase inteiramente dedicado a atacar o governo e praticamente ignorou Marina, que só foi citada ao final.

O PSB usou sua inserção para destacar o compromisso de sua candidata com o meio ambiente. "A política climática finalmente sairá do papel, irá para as ruas", disse Marina. "Para essas mudanças acontecerem, é preciso acabar com a má gestão."

O programa também repetiu críticas à gestão da Petrobras que já vinham sendo apresentadas nas mais recentes inserções e disse que o compromisso de Marina é recuperar a estatal. Assim como no rádio, a ex-ministra disse que vai manter as "coisas boas" do governo, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, mas vai "corrigir as coisas erradas".

Já o PSDB usou sua propaganda para "mostrar como os erros de Dilma vêm se acumulando e prejudicando o Brasil". "Enquanto aqui as obras não terminam nunca, as obras que o PT faz fora do Brasil vão muito bem. O programa mostrou imagens da falta de modernização de portos brasileiros e ressaltou que, enquanto isso, Dilma investiu cerca de US$ 1 bilhão em um porto de Cuba.

"Esse vale-tudo que tomou conta do atual governo não pode mais continuar. Faltaram as pessoas corretas, faltou seriedade e capacidade para tomar as decisões certas. Quem tem as condições para encerrar esse ciclo do PT somos nós", frisou o tucano.

A propaganda também destacou a pesquisa Vox Populi, que mostrou Aécio se aproximando de Marina. Ao final, o programa lembrou que a ex-ministra era do PT. "Agora Dilma defende as mudanças que não fez e Marina prega a nova política que não praticou."

O PT centrou o programa em obras de geração de energia, como Belo Monte. Dilma ressaltou que a falta de capacidade para planejar "ficou no passado". "Quando falam que o Brasil está parado, eu até acho graça. A verdade é que o Brasil está se movimentando como nunca", disse.

O programa destacou o Sistema Interligado Nacional, que integra a geração de energia nas regiões do País, e afirmou que Dilma está realizando o maior conjunto de obras de infraestrutura "da história recente", citando também obras de mobilidade. O fim da propaganda do PT apresentou breves propostas para outras áreas, como saúde, segurança e educação.

Assim como no rádio, a coligação Com a Força do Povo, liderada pelo PT, exibiu um direito de resposta no tempo do candidato do PSC, Pastor Everaldo. Nele, a campanha de Dilma disse repudiar as "ofensas" veiculadas pelo programa. "Ao invés de aproveitar o horário eleitoral para apresentar propostas, o candidato preferiu ofender todos os integrantes da coligação indiscriminadamente e sem apresentar qualquer prova." O direito de resposta foi concedido na quarta-feira por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro relator, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, apontou que o PSC "foi além" e não se limitou a tecer críticas de natureza política. Em seu programa, o partido usou termos como "roubalheira" e "bando de ladrões" para se referir ao governo.


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