(Carlos Roberto/Arquivo)
O ataque às gestões socialistas e tucanas dentro da administração municipal de Belo Horizonte deve dar o tom da campanha petista. Levantar os gargalos de áreas estratégicas, como a saúde e a mobilidade urbana, será uma das frentes de ataque de Patrus Ananias (PT) e de seu vice Aloisio Vasconcelos (PMDB), que já colocam neste sábado (7) a campanha na rua. O alinhamento com o governo federal, que já faz parte dos discursos dos candidatos, também será amplamente explorado durante a empreitada. “Temos uma relação com o governo federal que nos dá vantagem, principalmente quanto às obras demandadas pela capital. Já que a campanha está nacionalizada, vamos mostrar que temos uma relação programática com o governo federal”, declarou o deputado estadual Rogério Correia (PT). Patrus, em sua primeira entrevista como candidato oficial do PT, também destacou a afinidade com o governo de Dilma Rousseff (PT). Ainda na sexta-feira (6), foi realizada a primeira reunião da equipe de campanha de Patrus, quando o vice-prefeito Roberto Carvalho (PT), o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB) e a presidente do PCdoB municipal Dalva Estela foram indicados como coordenadores da campanha. Eles irão responder oficialmente pelos partidos enquanto a divisão de espaços dentro da equipe da campanha não fica definida. O deputado federal Miguel Corrêa (PT) também está sendo sondado para tomar frente da campanha a fim de contemplar a ala do ministro Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel. Ele era cotado para ser o vice do candidato à reeleição Marcio Lacerda (PSB) antes da implosão da aliança, oficializada na última segunda-feira. Desgastado politicamente desde que avalizou a polêmica aliança entre PT, PSDB e PSB em 2008, Pimentel terá uma participação pontual na campanha. Pelo menos no início do pleito ele terá um papel tímido, devido aos desgastes com a militância. No ato de lançamento da chapa de Patrus a Vasconcellos na noite de quinta-feira Pimentel chegou a ser vaiado pelos cerca de 500 petistas presentes no encontro. Na ocasião ele falou, pela primeira vez, sobre o rompimento da aliança com Marcio Lacerda. “Na medida em que o prefeito não cumpriu o documento, não cumprindo também a sua palavra, a ruptura era inevitável”. Segundo informações de uma fonte petista, Pimentel deve se afastar do ministério na segunda quinzena desse mês a fim de ajudar na empreitada de Patrus Ananias, mas, somente no fim de agosto é que ele vai se licenciar para fazer a campanha de rua e pedir votos para o correligionário. Neste sábado, a militância petista dá o pontapé inicial na campanha de Patrus. O grupo vai se reunir na parte da manhã na Praça Sete de Setembro e, no dómingo (8), será feita a tradicional visita ao Merca Central da capital. http://hj.digitalpages.com.br/acesse