Pronto para votação

Reajuste de 4,62% para o funcionalismo estadual deve ser apreciado em definitivo nesta quinta

Na última terça (4), foi recebida em Plenário emenda do governador Romeu Zema (Novo), aumentando em um ponto percentual a correção oferecida, que passou para 4,62%, índice correspondente à inflação de 2023 medida pelo IPCA

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 06/06/2024 às 08:11.
Várias categorias de servidores estaduais vêm protestando contra o índice oferecido pelo Governo;uma das alegações é ade que o aumento deveria abranger perdas inflacionáriastambém de 2022 (Alexandre Netto/ALMG)

Várias categorias de servidores estaduais vêm protestando contra o índice oferecido pelo Governo;uma das alegações é ade que o aumento deveria abranger perdas inflacionáriastambém de 2022 (Alexandre Netto/ALMG)

O Projeto de Lei (PL) 2.309/24, que trata da revisão salarial do funcionalismo estadual, foi aprovado em segundo turno pela Comissão de Fiscaliza[/TEXTO]ção Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (5). Com isso, está pronto para ser votado em definitivo no Plenário, o que pode acontecer hoje – o PL está na pauta da Casa legislativa. A proposta é de um aumento de 4,62%.

O texto aprovado em primeiro turno previa a recomposição de 3,62% do subsídio e do vencimento básico dos servidores civis e militares, retroativo a 1º de janeiro deste ano, estendida aos inativos e aos pensionistas com direito à paridade, aos detentores de função pública e aos convocados para a função de magistério. A revisão também abrange os contratos temporários vigentes, cargos de provimento em comissão, funções gratificadas e gratificações de função.

Na última terça (4), foi recebida em Plenário emenda do governador Romeu Zema (Novo), aumentando em um ponto percentual a correção oferecida, que passou para 4,62%, índice correspondente à inflação de 2023 medida pelo IPCA.
Essa elevação do índice de revisão, que, por sua vez, acata integralmente emenda assinada por todos os deputados da Assembleia, foi incorporada no substitutivo nº 1, o novo texto sugerido pelo relator, deputado Zé Guilherme (PP), que preside a FFO.

Outras demandas

O substitutivo também estabelece que a ajuda de custo para despesas com alimentação será devida ao servidor mesmo nos períodos de afastamento legal do trabalho em virtude de licença luto, licenças para tratamento de saúde e licença-maternidade, licença à adotante e licença-paternidade.

A comissão ainda acatou uma proposta de emenda, de nº 18, do deputado João Magalhães (MDB), que excluiu do rol de afastamentos com direito à ajuda de custo para alimentação as férias regulamentares e as férias prêmio.
Foram rejeitadas outras 16 propostas de emendas. Entre as mudanças sugeridas e vetadas, está o índice de 10,67% para a revisão salarial, compreendendo a inflação não apenas de 2023, como também a de 2022.

Embates

O PL 2.309/24 tem motivado intensos debates na ALMG desde que iniciou a sua tramitação. Inconformados com o índice de recomposição proposto pelo governo, parlamentares acreditam que o percentual mínimo aceitável ainda não foi atingido.

Professor Cleiton (PV), Cristiano Silveira (PT) e Ulysses Gomes (PT), por exemplo, defenderam que, na pior das hipóteses, a revisão deveria englobar a inflação de 2022, alcançando, assim, o percentual de 10,67%.

Eles argumentaram que há fôlego no caixa do Estado para uma recomposição maior, tendo em vista o crescimento das receitas e o impacto de percentuais maiores na despesa com pessoal.

Sargento Rodrigues (PL) e Beatriz Cerqueira (PT) argumentaram que, com o aumento das alíquotas de contribuição para os institutos de previdência dos servidores do Estado (Ipsemg) e dos servidores militares (IPSM), conforme previsto em projetos do governador em tramitação, na verdade haverá uma redução nos vencimentos do funcionalismo.

Lucas Lasmar (Rede) reivindicou a extensão da revisão a ser aprovada para gratificações pagas aos servidores da saúde e do meio ambiente. Leninha (PT) resumiu o sentimento de contrariedade do colegas, ao destacar que são os servidores que fazem o Estado funcionar e que o salário base de algumas carreiras é inferior ao salário mínimo.

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