A reforma do secretariado do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), prevista para ocorrer até o fim do ano, vai abrir espaço para aliados do candidato derrotado do partido a prefeito da capital paulista, José Serra. A indicação de nomes próximos seria uma maneira de prestigiá-lo e abrigar o seu grupo político.
Aliados de Serra afirmam que a Secretaria da Saúde poderia abrigar o prefeito de Piracicaba, Barjas Negri, que foi seu braço direito no Ministério da Saúde e depois comandou a pasta. Embora considerem pouco provável, os serristas não descartam a nomeação do próprio ex-governador.
Alckmin, no entanto, ainda não deu indicativos de que pretende mexer na Saúde. A reforma do secretariado será precipitada pela saída do secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, que será indicado para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Para reforçar negociações com aliados e o andamento das obras do Estado nos próximos anos, com vistas à reeleição, Alckmin estuda dividir a pasta em duas: uma dedicada à articulação política e outra para a coordenação de projetos. O favorito para a primeira secretaria é Edson Aparecido, que coordenou a campanha de Serra. A pasta que comandará as obras pode ficar com Marcos Monteiro, atual presidente da Imprensa Oficial.
Alckmin está hesitante em relação à criação de mais uma secretaria, mas pode tomar a decisão caso consiga fundir outras duas pastas - as mais prováveis são Recursos Hídricos e Saneamento.
Entre as secretarias cotadas para a troca de comando estão Agricultura, Desenvolvimento Econômico, Desenvolvimento Metropolitano, Habitação e Justiça.
Além de Barjas Negri, o governo pode acolher outros prefeitos do PSDB, que ficarão sem mandato a partir de 2013, como o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, e o prefeito de Sorocaba, Vitor Lippi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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