Reitor da UFMG está cotado para integrar equipe de Dilma Rousseff

Amália Goulart - Do Hoje em Dia
18/02/2013 às 06:28.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:05
 (Renato Cobucci)

(Renato Cobucci)

O reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clélio Campolina, pode ser escolhido pela presidente Dilma Rousseff (PT) para comandar o Ministério da Ciência e Tecnologia. Sem filiação partidária, de perfil técnico e ligado à educação, seria o nome que mais agrada a presidente para ocupar uma pasta na Esplanada dos Ministérios. Foi o que confirmaram várias fontes envolvidas nas negociações.

Campolina enfrenta, porém, um concorrente ministerial. O atual presidente estadual do PSD, Paulo Safady, corre por fora na disputa. A presidente teria optado por aumentar de um para dois o número de pastas comandadas por mineiros.


Bancada

Por enquanto, apenas o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), representa o Estado. A bancada de parlamentares reivindica a extensão da influência mineira. Três partidos iniciaram a disputa: PT, PMDB e PSD. Pelos petistas, o nome levantado foi o do ex-ministro Patrus Ananias.

Os peemedebistas levaram um nome de perfil técnico e o PSD indicou Paulo Safady.


Quadros

No entanto, Dilma teria alertado que o espaço petista ministerial já está de bom tamanho. Bem como o do PMDB, que ainda tenta emplacar quadros de outros estados em algumas pastas.

Pelo apoio do PSD de Gilberto Kassab, a presidente avalia a hipótese de integrar na equipe o presidente estadual do PSD. A petista nutre simpatia por Safady, oriundo do setor empresarial.

Mas teria lhe agradado mais a possibilidade de escolher um nome sem filiação partidária e ligado à educação. Campolina é amigo de Patrus Ananias e de petistas históricos, como Heloísa Starling – o que acalmaria, a princípio, o PT.

O Ministério de Ciência e Tecnologia ainda seria uma estratégia para afastar a pasta do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP).


Resistências

Os peemedebistas reivindicaram o cargo pela ajuda dada por Chalita na eleição de Fernando Haddad, no passado, para prefeito de São Paulo. No entanto, a presidente teria resistências ao nome por considerá-lo ligado a setores da igreja católica tidos como radicais. O temor é o de que os valores acabem por interferir em pesquisas científicas.

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