Revogada a prisão de envolvidos em fraude de R$ 100 mi

Amália Goulart e Patrícia Scofield - Hoje em Dia
Publicado em 12/07/2013 às 07:22.Atualizado em 20/11/2021 às 19:59.

Durou nove dias a prisão de seis dos nove acusados de lesar os cofres públicos em cerca de R$ 100 milhões. Na tarde de ontem, o desembargador Antônio Carlos Cruvinel, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), atendeu ao novo pedido de habeas corpus da defesa dos detidos na operação “Violência Invisível” e concedeu uma liminar determinando a revogação das prisões.

O ex-prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite (PMDB), e um ex-assessor parlamentar, que haviam fugido, também se beneficiaram da decisão liminar.

Nos bastidores, corre a informação de que apenas o ex-prefeito de Pirapora, Warmillon Fonseca (DEM), permaneceria detido. Ele tem uma segunda prisão decretada em função de processo que o acusa de superfaturar e direcionar licitação para contratar empresa de prestação de serviços de limpeza urbana. No entanto, o TJ não confirmou a manutenção da prisão do ex-prefeito.

O advogado de Warmillon e de Luiz Tadeu, Sanzio Baioneta, informou que estava se inteirando do assunto.

O TJMG encaminhou ofício para a Justiça de Pirapora, responsável por avalizar a “Violência Invisível”, na noite de ontem, informando sobre a decisão. Seria encaminhado um fax ao presídio regional de Montes Claros determinando a soltura. Até o fechamento desta edição, eles não haviam deixado a penitenciária.

Conforme mostrou o Hoje em Dia, com exclusividade, o ex-prefeito Luiz Tadeu Leite teria sido alertado, pessoalmente, sobre a fraude pelo delegado da Receita Federal em Montes Claros, mas, mesmo assim, insistiu na prática criminosa.

Suspeito de chefiar o bando e atuar em dez Estados, o empresário Mateus Roberte Carias, também foi solto. Ele já foi preso pelo mesmo crime em 2012, mas ganhou a liberdade dias depois. Segundo a PF, há provas de que a quadrilha falsificava os títulos, de modo grosseiro, e negociava a venda com as prefeituras, que, posteriormente, tentavam descontar os papéis junto à Receita Federal.

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