SÃO PAULO - O deputado federal Romário (PSB-RJ) e Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, entregaram na tarde desta segunda-feira (1º), na sede da CBF, uma petição pública pela saída de José Maria Marin da presidência da entidade.
O documento, com quase 55 mil assinaturas, defende que evidências ligando Marin à ditadura o impossibilitam de comandar o futebol brasileiro e a Copa do Mundo de 2014. "A data é muito marcante. Este é um ato simbólico, de pressão, que demarca nossa posição. É muito difícil imaginar que alguém com esse currículo possa comandar uma entidade tão importante", disse a deputada federal Jandira Feghali (PC do B-RJ), presidente da Comissão de Cultura da Câmara.
Em 1º de abril de 1964 ocorreu o golpe militar que deu início à ditadura no país.
No mês passado, a família de Vladimir Herzog recebeu uma versão retificada do atestado de óbito do jornalista, morto em 1975, durante a ditadura militar. Na certidão, revisada após determinação da Justiça, passa a constar como causa da morte "lesões e maus tratos sofridos durante o interrogatório em dependência do 2º Exército (DOI-Codi)", substituindo a versão de "asfixia mecânica por enforcamento".
A CBF não vai se manifestar.