Rosa Weber será a primeira a se manifestar

Do Portal HD
22/10/2012 às 07:39.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:25

(José Cruz/Abr)

A análise sobre a acusação de formação de quadrilha no mensalão será retomada nesta segunda-feira (22) pelo Supremo Tribunal Federal. Hoje, oito ministros que ainda não votaram se posicionarão em relação a uma divergência iniciada na semana passada entre o relator e o revisor da ação penal. A primeira a se manifestar será a ministra Rosa Weber. Em setembro, na primeira ocasião em que se defrontou com acusações de quadrilha no julgamento, que envolviam parlamentares da base aliada do governo Lula, ela contrariou a orientação do relator e do revisor, que haviam condenado os sete réus denunciados pelo crime.

Ela inocentou os cinco acusados ligados ao PP – Pedro Corrêa (PE), Pedro Henry (MT), João Cláudio Genú, Enivaldo Quadrado e Breno Fischberg – e os dois relacionados ao PL (atual PR), Valdemar da Costa Neto e Jacinto Lamas.

Divergência

A denúncia feita pelo Ministério Público (MP) aponta uma quadrilha (associação de três ou mais pessoas com a finalidade de cometer crimes) formada por 13 réus. O objetivo do grupo seria comandar e operar o esquema voltado para a compra de apoio político no Congresso durante o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Esse esquema era divido em três núcleos, segundo o MP.

O primeiro formado por políticos, entre eles o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares. O segundo núcleo seria composto pelo publicitário, Marcos Valério, seus dois sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, seu advogado Rogério Tolentino e as funcionárias Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Já a dona do Banco Rural, Kátia Rabello, os ex-dirigentes José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório fariam parte do núcleo fincanceiro.

Na sexta passada, 11 dos 13 réus foram condenados pelo relator, ministro Joaquim Barbosa, por formação de quadrilha; inocentando apenas Geiza Dias e Ayanna Tenório. Conforme Barbosa, "os réus, de forma livre e consciente, se associaram de maneira estável e com divisão de tarefas com o fim de praticar crimes contra a administração pública, o sistema financeiro nacional, além de lavagem de dinheiro", disse o relator.

No mesmo dia, o revisor do processo, Ricardo Lewandowski, absolveu todos os 13 réus que respondiam pelo crime. Ele argumentou que nem toda associação que resulta em crime representa quadrilha.
 

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