O presidente nacional do PT, Rui Falcão, minimizou nesta segunda-feira (24) o eventual impacto que o julgamento do núcleo político do escândalo conhecido como mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), poderá ter nas urnas, nas eleições de outubro deste ano. Segundo Falcão, a resposta dos candidatos petistas às tentativas de associação com esse julgamento estão sendo respondidas com propostas.
O dirigente petista classificou de "tímido" o uso do escândalo do mensalão como mote nas campanhas adversárias, sobretudo a dos tucanos em São Paulo. E exemplifica: "O (candidato do PSDB, José) Serra, pessoalmente, evita falar no mensalão, porque a resposta é o mensalão mineiro e a privataria (tucana)." Falcão também descartou que a oscilação negativa do candidato do PT em São Paulo, Fernando Haddad, nas recentes pesquisas de intenção de voto, tenha relação com os ataques da campanha tucana.
Ao falar da campanha petista em Porto Alegre, Rui Falcão disse acreditar que o candidato Adão Villaverde tenha condições de chegar ao segundo turno. Na opinião dele, o PT é "um partido de chegada". Villaverde tem 10% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Ibope, divulgada na sexta-feira (21). A corrida eleitoral é liderada pelo candidato à reeleição, José Fortunati (PDT), com 45% das intenções de votos, seguido de Manuela D'Ávila (PCdoB) com 28%.
Como Manuela vem caindo nas mostras (ela já chegou a registrar 37% das intenções de voto no final do mês de agosto), o dirigente do PT não descarta a possibilidade de seu candidato disputar o segundo turno das eleições. "Não estou dizendo que obrigatoriamente que ele vai para o segundo turno, mas tem boa tendência de crescimento na reta final", complementa.