A candidata do Psol ao Senado por Minas, Sara Azevedo, afirmou que o programa de Regime de Recuperação Fiscal (RRF) - que tem adesão defendida pelo governo Zema para pagar dívidas do Estado com a União - tem mecanismos para travar o Estado e impedir investimentos necessários.
“O Regime de Recuperação Fiscal é um nome novo para uma velha política já estabelecida pelo estado brasileiro, antes chamada de austeridade e também de choque de gestão. São mecanismos para travar o Estado, que também tem o teto de gasto”, disse em entrevista ao Hoje em Dia nesta terça-feira (20).
A candidata defende uma auditoria na dívida pública do Estado com a União para se levantar o que realmente deve ser pago. Ela argumenta que o valor inclui juros sobre juros, tornando o total muito mais alto que o real.
Sara Azevedo explicou que o RRF reduz a possibilidade de investimentos nas áreas sociais e amplia os investimentos nas áreas privadas. “Coloca condições com as garantias de que o Estado perca seu próprio território, como é a questão da privatização. O Regime de Recuperação Fiscal obriga que os estados tenham arrecadação através da privatização”, criticou.
Para a candidata, o que Minas precisa é o contrário do que é previsto no programa. Sara diz que é necessário ter mais investimento público, como nas áreas da educação e na saúde.
“Na pandemia, entre três enfermeiros que morreram de Covid-19 no mundo, um era brasileiro. Isso mostra o quanto precisamos investir na saúde pública”, completou.
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