Durante a cerimônia de posse na Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Ricardo Teixeira (PV), que assume nesta quarta-feira a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, voltou a defender a inspeção veicular. Na última segunda-feira (31), ele havia afirmado que se recusaria a assumir a pasta, caso o exame não ocorra anualmente. O Diário Oficial da Cidade publica nesta quarta as nomeações dos secretários e subprefeitos.
"Sou radicalmente favorável à inspeção, até ampliada para questões de segurança", afirma o vereador. Ele promete conversar com o prefeito Fernando Haddad (PT) para convencê-lo da importância da inspeção veicular. "O prefeito ainda não disse que não vai ser anual. Vamos conversar com os técnicos e definir como será o projeto." Há três dias, porém, o secretário de Governo, Antonio Donato, declarou que a inspeção veicular deve ser a cada dois anos e só para veículos com cinco anos ou mais.
Já o novo presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador José Américo (PT), disse que o projeto sobre inspeção veicular deverá ser o primeiro grande assunto a ser debatido pela Casa neste ano. Ele contou que neste mês vai procurar Haddad para tomar conhecimento da proposta do Executivo e colocar o assunto na pauta logo após o recesso parlamentar.
"A partir de 1.º de fevereiro vamos nos debruçar sobre esse projeto", frisou Américo. "E eu creio que temos maioria na Casa para aprovar este projeto."
Mas a proposta deve encontrar resistência na oposição. A ideia de que apenas veículos com mais de cinco anos passem pela inspeção a cada dois anos é criticada pelo vereador Andrea Matarazzo (PSDB). "Essa medida praticamente elimina a inspeção. Defendemos aquilo que foi assumido na campanha, que é manter a inspeção veicular sem a cobrança da taxa", afirmou. Já o líder da bancada do PSDB, Floriano Pesaro, preferiu um discurso de cautela. "Inicialmente, somos contra, mas vamos estudar a proposta."
Para o vereador Gilberto Natalini (PV), a flexibilização da inspeção veicular é um "erro gravíssimo" por causa da poluição que os carros provocam. "O Haddad prometeu a isenção da taxa, mas, quando viu o custo disso, percebeu que a Prefeitura não teria dinheiro e aí decidiu flexibilizar a inspeção." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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