O secretário nacional do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Maurício Muniz, rebateu, nesta segunda-feira (1º), as declarações do secretário Estado de Transporte e Obras Públicas, Fabrício Sampaio, em entrevista publicada pelo Hoje em Dia sobre o metrô de Belo Horizonte. Segundo Muniz, não há “nenhuma discriminação” do governo federal com o metrô da capital e “não tem sentido” dizer que a obra depende somente da União.
“A presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou, em 16 de setembro de 2011, R$ 3 bilhões para o metrô, sendo R$ 1 bilhão pelo Orçamento Geral da União e R$ 750 mil de financiamento para o projeto. Três anos depois é que o governo de Minas entrega o projeto para a Caixa Econômica Federal e fala que a bola está com a União? Além disso, em oito meses, de outubro de 2013 para maio deste ano, o valor foi aumentando em 160% do estimado inicialmente e o valor da obra subiu 85%”, comentou.
Segundo Muniz, o primeiro prazo para Minas entregar, via Metrominas, o projeto do metrô seria outubro de 2013. A data foi adiada para dezembro e, depois, para junho. “Apenas na última sexta-feira (29/8) o detalhamento do orçamento foi entregue e o próprio Sampaio admitiu que até então não havia entregue tudo para a Caixa”, acrescentou.
Na entrevista publicada na última segunda-feira pelo Hoje em Dia, o secretário Fabrício Sampaio negou que o projeto tenha sido devolvido pela Caixa e que a instituição teria pedido apenas informações complementares, que seriam praxe em processos de financiamento. Segundo Sampaio, após a entrega dessas informações, detalhando o orçamento, a “bola estaria” com a União por ser necessário avaliar o projeto e os custos para liberar as verbas. O secretário disse também que os recursos para elaboração do projeto foram liberados apenas em 2013, apesar de anunciados antes, e que o Estado cumpriu o prazo para entregá-lo à Caixa Econômica Federal.