Homens literalmente de preto ensaiaram nesta quarta um rígido esquema de proteção ao Supremo Tribunal Federal. Quarenta deles, de terno, gravata e rádios de comunicação, passaram boa parte da tarde fazendo deslocamentos ao redor da Corte. A meta é conter eventual aproximação de militantes e impedir que manifestações ruidosas prejudiquem os trabalhos dos ministros entretidos com o mensalão.
Os agentes que permanecerão no Plenário integram os quadros do próprio Supremo. O efetivo encarregado da blindagem do prédio é da segurança privada. Também será destacado um contingente da Polícia Militar que já está a postos. O Corpo de Bombeiros manterá unidades de plantão para eventuais emergências.
O presidente do STF, Carlos Ayres Britto, chegou a solicitar ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pessoal da Força Nacional de Segurança para blindar a corte durante o julgamento.
O pedido, porém, provocou mal-estar no Palácio do Planalto, que viu exagero na solicitação. A presidente Dilma Rousseff quer manter distância do julgamento para evitar que a crise do governo Lula respingue em sua administração.
Cardozo disse a Britto que o ofício deveria ser encaminhado ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O presidente do STF desistiu da Força.
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