Senador defende aumento da porcentagem de álcool na gasolina

Agência Senado
29/08/2012 às 08:43.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:50
 (José Cruz/Agência Senado)

(José Cruz/Agência Senado)

O senador Sérgio Souza (PMDB-PR) defendeu, na terça-feira (28), o aumento da porcentagem de álcool na gasolina. O senador afirmou que se a quantidade de álcool na gasolina for elevada de 20% para 25%, o Brasil deixará de importar 50% do combustível que importa atualmente. Ele lembrou que o país vem aumentando significativamente a importação de etanol e gasolina nos últimos anos.

O político disse que em 2010 o Brasil importou 504,4 mil metros cúbicos de gasolina e 74,5 mil metros cúbicos de álcool, principalmente o etanol de milho dos Estados Unidos. Em 2011, o Brasil importou 2,1 milhões de metros cúbicos de gasolina, ou seja, mais de quatro vezes do que foi importado em 2010, conforme ressaltou.

O senador disse que a tendência é mais do que dobrar a demanda por etanol e gasolina nos próximos anos devido ao aumento do consumo. Ele assinalou que embora o setor sucroalcooleiro tenha uma capacidade instalada que lhe permitiria quase dobrar a sua produção, as empresas têm dificuldade para conseguirem os recursos necessários a sua atuação.

Sérgio Souza lembrou que a gasolina, além de ser mais cara, é um combustível que gera gases de efeito estufa nocivos a camada de ozônio. O senador disse que é preciso adotar medidas para estabilizar o setor sucroalcooleiro.

Ele registrou a sua participação no Fórum Nordeste 2012, que debateu o mercado de biocombustíveis no Brasil. Ele afirmou que, durante o evento, o setor sucroalcooleiro demonstrou que está preparado caso o governo aumente para 25% a quantidade de etanol na gasolina.

O parlamentar disse que o etanol feito da base de cana de açúcar tem seis vezes mais eficiência energética do que o etanol de milho feito nos Estados Unidos e quatro vezes mais do que o etanol de beterraba e trigo, feito na Europa.

"Nós temos hoje uma matriz energética limpa e sustentável que gera riqueza e empregos na indústria, no campo e na cidade", disse.

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