O candidato ao Senado pelo PDT em Minas, o vereador de BH Bruno Miranda, disse, nesta terça-feira (30), que é "radicalmente contra" a privatização de empresas como a Cemig.
“A gente não pode demonizar a relação com o empresariado. Agora, privatizar nossos principais ativos? Privatização da Cemig, Copasa e metrô, eu sou radicalmente contra”, disse.
Segundo o vereador, nenhuma grande cidade do mundo viu os problemas do transporte, por exemplo, serem resolvidos com privatização.
“É necessário ter regras de compliance, não pode ter penduricalhos, mas o Estado precisa investir. O Estado precisa tomar a frente”, afirmou, dizendo que é necessário encontrar modelos adequados.
Relação com Tucanos
O PDT mineiro se juntou ao PSDB para apoiar a chapa ao governo estadual encabeçada pelo ex-deputado Marcus Pestana (PSDB). Porém, a questão da privatização é um ponto de divergência na relação entre os dois partidos, diz Bruno Miranda.
O PSDB em Minas ficou conhecido pela implantação de projetos como o "choque de gestão", iniciado no governos de Aécio Neves (PSDB), que visava a diminuição do Estado e diminuição de despesas que incluia a venda de participações em empresas estatais como Copasa e Cemig.
Essa estratégia tucana, segundo o candidato a senador, precisa ser repensada. Para ele, "o Estado precisa ser o indutor da economia" e isso não inclui abrir mão de controle de matriz energética ou setores fundamentais da economia.
Bruno Miranda é o terceiro entrevistado da série com os concorrentes ao Senado. Na última quinta-feira (25), o candidato Marcelo Aro (PP) passou pela sabatina comandada pelo jornalista Carlos Lindenberg.
Antes dele, o candidato Cleitinho (PSC), também foi sabatinado. A íntegra das entrevistas estão disponíveis no canal do Hoje em Dia no youtube e são transmitidas ao vivo nas redes sociais do jornal e na TV Promove, canal 12 da Net.
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