STF autoriza Tolentino a se apresentar e ficar preso em BH, diz advogado

Paulo Peixoto - Folhapress
12/12/2013 às 20:02.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:46

(Ed Ferreira)

BELO HORIZONTE - O advogado de Rogério Tolentino, Paulo Sérgio Abreu e Silva, disse que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, deferiu o pedido que havia feito para que seu cliente possa se apresentar em Belo Horizonte e ficar preso na capital mineira, sem necessidade de ir para Brasília, como os demais réus.    A prisão de Tolentino - ex-advogado e ex-sócio de Marcos Valério de Souza, o operador do mensalão - foi decretada na tarde desta quinta-feira (12) por Barbosa. Ele foi condenado a seis anos e dois meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção.    O advogado disse que Barbosa determinou que a expedição do documento com dados da condenação seja enviado a um juiz de execução penal de Belo Horizonte.    "Não sei se é um juiz federal ou estadual. Estou tentando falar com o delegado da Polícia Federal para saber se ele se apresenta ainda hoje ou amanhã cedo na PF ou se diretamente ao juiz. O mandado vai ser cumprido, mandou tem que cumprir", disse o advogado.    No pedido enviado a Barbosa, ele disse que, sendo decretada a prisão, Tolentino possa permanecer em BH "pela inconteste desnecessidade de seu deslocamento até Brasília, com posterior retorno ao seu domicílio, assumindo o compromisso, de pronto, de se apresentar perante a autoridade que for designada, sem necessidade de mandado ou de intimação".    Também foi usado como argumento a "economia processual e também economia para o erário público'. Os sete primeiros mineiros presos no mensalão se apresentaram na Polícia Federal em BH e, no dia seguinte, foram transferidos em avião da PF para Brasília.    Posteriormente, o ex-dirigente do Banco Rural Vinícius Samarane se apresentou em Brasilia. Seis condenados de Minas continuam presos na capital federal. As duas únicas mulheres condenadas, a ex-banqueira Kátia Rabello, e Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da agência de Valério, desde segunda-feira cumprem pena em presídio feminino de BH.    O governo mineiro reservou a penitenciária José Maria Alkimin, na região metropolitana de Belo Horizonte, para os presos do mensalão condenados do regime semiaberto cumprirem suas penas, caso de Tolentino e do ex-deputado Romeu Queiroz (ex-presidente do PTB).

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