Vereadores aprovaram nesta segunda-feira (6), em primeiro turno, o subsídio que a Prefeitura de Belo Horizonte irá fornecer às empresas de ônibus que operam o serviço de transporte público na capital. A promessa é de que o auxílio irá impedir novos aumentos das passagens e possibilitar investimentos na frota.
A votação ainda não é definitiva. Como houve inclusão de emendas, o projeto retorna às comissões antes de uma votação em segundo turno.
O texto, de autoria da prefeitura, prevê que o repasse de R$ 237 milhões às empresas de ônibus ocorra em 12 parcelas mensais, pagas a partir da aprovação do projeto. Em contrapartida, essas empresas não poderão reajustar o preço das passagens. A quantidade de viagens diárias também terão que aumentar em 30%, em relação ao quadro de horário do mês de março.
O projeto aprovado também prevê auxílio para o transporte suplementar e táxis-lotação. Seriam R$ 625,2 mil em abril e maio e R$ 520,8 mil na sequência do contrato, somando cerca de R$ 5 milhões para estas categorias.
O vereador Gabriel Azevedo (sem partido), um dos principais defensores do projeto, diz que essa aprovação é apenas o começo. “De maneira emergencial a gente aprovou o começo de um subsídio, mas não resolve o problema de forma geral. Esse subsídio é para o período de um ano e, nesse período, os contratos terão que ser revistos”, afirma.
A vereadora Bella Gonçalves (Psol) afirmou que o partido definiu voto contrário, mas que compreende a urgência da proposta. “Entendemos que 237 milhões é um aporte enorme para ter um transporte com qualidade menor do que o que existia antes e não oferece nenhuma contrapartida ao usuário, como uma redução de tarifas, por isso votamos contra”, diz. “Contudo não criamos obstáculos, pois estamos com a faca no pescoço, pois a máfia das empresas de ônibus mantém o serviço público com a faca no pescoço”, afirma a vereadora.
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