Durante o período da votação, das 8h às 17h deste domingo (30), 33 urnas eletrônicas passam pelo teste de integridade em Belo Horizonte, que para mostrar que as urnas são auditáveis e o processo eletrônico de votação é seguro.
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas (TRE-MG) definiu, nesse sábado (29), as urnas que passam pelo procedimento. Os equipamentos escolhidos por sorteio são de diversas cidades do Vale do Jequitinhonha, do Vale do Rio Doce, da Zona da Mata, entre outras (veja lista no fim da matéria).
Como funciona
No teste de integridade, as 33 urnas eletrônicas foram retiradas dos locais de origem, após serem lacradas já com todas as informações sobre os dados dos candidatos e dos eleitores da seção.
Após a definição das urnas que serão auditadas, é realizada uma complexa logística, incluindo escolta da Polícia Militar (PM), para buscar o equipamento nas seções eleitorais.
Elas foram encaminhadas para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG), no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul.
Já em BH, cédulas de papel são preenchidas simulando o voto real em um candidato da atual eleição, e são colocadas em urnas de lona e lacradas.
O teste é iniciado e os votos fictícios, que foram escritos na cédula de papel no dia anterior, são reproduzidos nas urnas eletrônicas que foram retiradas das seções por servidores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
No fim do dia será feita a apuração dos votos de papel e o resultado será comparado com o que está no boletim da urna eletrônica associada a cada urna de lona.
Transparência e segurança
No primeiro turno, segundo a Roberta Rocha Fonseca, Juíza auxiliar da corregedoria e presidente da comissão de auditoria do voto eletrônico, os resultados foram favoráveis.
”Não foi constatado nenhuma inconsistência ou ocorrência durante o teste de integridade, nem em Minas Gerais ou nas outras 26 unidades do TRE”.
Veja a entrevista com ela.
O teste de integridade é realizado como forma de se evitar possíveis fraudes e problemas nas eleições, sendo um fator importante para dar confiança para o eleitor durante o voto, como explica Roberta.
“Ao longo de 22 anos, jamais se detectou qualquer falha ou diferença entre o resultado da urna de lona e o resultado da urna eletrônica. Então, o teste é realizado justamente para mostrar ao eleitor que a urna, além de ser segura, garante um processo muito mais ligeiro e eficiente.”
O TRE ainda esclarece que esses votos, porém, não serão utilizados para o resultado oficial das eleições. O processo é todo público e pode ser acompanhado por eleitores pela internet, no canal no YouTube do TRE.
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