A defesa de João Vaccari informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-tesoureiro do PT permanecerá calado durante sessão da CPI da Petrobras que irá realizar a acareação entre ele e o ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco. O encontro entre os dois está marcado para quinta-feira (9).
O advogado do tesoureiro argumentou ao Supremo que a acareação não se realizará na prática, já que Vaccari ficará em silêncio. A comunicação é uma forma de "colaborar", segundo a defesa, com o ministro Celso de Mello, que irá analisar pedido de Barusco para suspender a sessão de acareação.
Barusco tem duas acareações marcadas para essa semana, nos dias 8 e 9. A primeira será feita com o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e a segunda com Vaccari. A defesa do ex-gerente alega que Barusco sofre de câncer ósseo, que piorou no último mês e tem dificuldade no deslocamento e permanência nas audiências.
"Assim, no intuito de colaborar com Vossa Excelência, para a decisão neste feito, presta tais informações, uma vez que o ato de acareação propriamente dito, na verdade não se realizará e a dispensa do senhor Pedro Barusco cancelará a sessão, evitando-se, assim, despesas desnecessárias de transporte das partes até Brasília", escreveu ao STF o advogado de Vaccari, Luiz Flávio D'Urso.
O pedido de Barusco para suspender as sessões de acareação da CPI da Petrobras chegou ao STF na última semana e será analisado por Celso de Mello, que ocupa a presidência da Corte em parte do período do recesso do Judiciário. Na semana passada, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, rejeitou pedido apresentado por Renato Duque para cancelar a acareação com Barusco, mas concedeu habeas corpus a ao ex-diretor e a Vaccari garantindo o direito de permanecerem em silêncio na sessão.